Organização Consolidada

Os Trabalhadores em Educação do Brasil estão com sua organização consolidada. Mas, para isso muita luta teve de ser travada. A história dessa luta tem o ano de 1945 como um marco. Naquele ano, os professores da escola pública primária começaram a se organizar em associações.

Em 1948 teve início a luta pela escola pública e gratuita, com o envio do primeiro projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) ao Congresso Nacional. Em 1959, já somavam 11 estados brasileiros com seus professores primários organizados em associações. No ano de 1960, em Recife, foi fundada a primeira Confederação: a CPPB - Confederação dos Professores Primários do Brasil.

Em 1979, a CPPB teve uma mudança substancial em seu estatuto, incorporando os professores secundários dos antigos ginásios, e passou a se chamar CPB - Confederação dos Professores do Brasil. Era uma ferramenta fundamental para a articulação do movimento em nível nacional.

No período de 1982 a 1988, a CPB consolidou-se como entidade federativa e como principal via de organização do sindicalismo docente, mesmo no período em que era proibida a sindicalização para o funcionalismo público. Filiou-se à Central Única dos Trabalhadores - CUT em 1988.

Em 1990 a CPB passou a se chamar CNTE - Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, em um Congresso extraordinário cujo objetivo foi unificar várias Federações setoriais da educação numa mesma entidade nacional. Com a unificação da luta dos Trabalhadores em Educação e o surgimento de novas regras de organização sindical, a CNTE ganha força com a filiação de 29 entidades e quase 700 sindicalizados em todo o país. Atualmente, a CNTE conta com 50 entidades filiadas e mais de um milhão de sindicalizados.

Estrutura

Com sede em Brasília, a CNTE é dirigida por uma diretoria composta pelos seguintes cargos: Presidência e Vice-Presidência; Secretarias Geral, de Finanças, de Assuntos Educacionais, de Imprensa e Divulgação, de Relações Internacionais, Relações de Gênero, Políticas Sociais, Política Sindical, Formação, Organização, Aposentados e Assuntos Previdenciários, Legislação, Assuntos Jurídicos, Projeto e Cooperação, Direitos Humanos. A estas Secretarias somam-se quatro Secretarias Adjuntas.

A CNTE é composta ainda por dois Departamentos Setoriais: o Departamento de Especialistas em Educação, que faz parte da Secretaria de Assuntos Educacionais, e pelo Departamento dos Funcionários em Educação, vinculado à Secretaria de Política Sindical.

As instâncias da entidade são subordinadas a um Congresso Nacional, tendo um Conselho Nacional de Entidades - CNE, a Direção Executiva – DE e o Conselho Fiscal - CF. Respeitando os princípios de trabalho coletivo e das ações de planejamento estratégico situacional. Toda a Direção Executiva interage no encaminhamento das lutas da entidade.

Luta pela Cidadania

Como a segunda maior Confederação brasileira, filiada à CUT, somando mais de 1 milhão de associados, a CNTE em sua luta extrapola as questões específicas da categoria, discutindo temas polêmicos como: exploração do trabalho infantil, reforma agrária, emprego, saúde no trabalho, racismo e opressão de gênero, contribuindo para uma maior participação no cenário político-social do Brasil.

A CNTE incursiona também por questões de âmbito internacional e é filiada à I.E - Internacional de Educação e à CEA - Confederação de Educadores Americanos.

Convivendo diariamente com a realidade das crianças brasileiras, os profissionais da educação lutam em defesa de uma escola pública democrática e de qualidade, encaminhando suas propostas para os órgãos do Governo Federal, do Congresso Nacional, dos Governos Estaduais e Municipais, Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores.

Também as diversas pesquisas desenvolvidas pela CNTE têm respaldado a luta dos trabalhadores em educação por políticas públicas focadas nas reais e urgentes necessidades do ensino público. São pesquisas sobre saúde e condições de vida dos educadores, análise crítica do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), condições dos trabalhadores aposentados, dentre outras.

52 entidades filiadas

A Confederação conta, hoje, com 50 entidades filiadas, sendo 26 estaduais, 24 municipais e duas distritais. São elas: SINTEAC (Acre); SINTEAL (AL); SINTEAM (Amazonas); SINSEPEAP (Amapá); APLB (Bahia); SISE (Campo Formoso - Bahia); ASPROLF (Lauro de Freitas-BA); SISPEC (Camaçari - BA); SIMMP-VC (Vitória da Conquista - Bahia); SINDTEC (Correntina - Bahia); SINDIUTE e APEOC (Ceará); SAE (Distrito Federal); SINPRO (Distrito Federal); SINDIUPES (Espírito Santo); SINTEGO (Goiás); SINPROESEMMA (Maranhão); SINDEDUCAÇÃO (São Luís-MA); SINTERPUM (Timon-MA); SIND-UTE (Minas Gerais); SINTEP (Mato Grosso); FETEMS (Mato Grosso do Sul); SINTEPP (Pará); SINTEP (Paraíba); SINTEM (João Pessoa-PB); SINTEPE (Pernambuco); SIMPERE (Recife); SINPC/PE (Cabo de Santo Agostinho-PE);SINPROJA (Jaboatão dos Guararapes-PE); SINPMOL (Olinda-PE); SINTE (Piauí); SINPROSUL (Extremo Sul do Piauí-PI); APP (Paraná); SISMMAC (Curitiba-PR); SISMMAR (Araucária - PR); SISMMAP (Paranaguá/PR); SINTE (Rio Grande do Norte); SINTERO (Rondônia); SINTER (Roraima); CPERS (Rio Grande do Sul); SINTERG (Rio Grande - RS); SINPROSM (Santa Maria-RS); APMI ( Ijuí-RS); SINPROCAN (Canoas-RS); Sintraeds (Sapiranga-RS); SINTE (Santa Catarina); SINTESE (Sergipe); SINDIPEMA (Aracaju-SE); AFUSE (São Paulo); APEOESP (São Paulo); SINPEEM (São Paulo); SINTEFRAMO (Francisco Morato - SP); SINTET (Tocantins) e APMC (Colombo-PR). Através destes Sindicatos a CNTE mostra a sua força como representação Nacional.

Estas entidades lutam pela valorização dos Trabalhadores em Educação, pautando-se pela mobilização, pela profissionalização, pela carreira, pelo piso salarial profissional nacional, pela garantia dos direitos sociais e pela ampliação dos espaços de cidadania.

As lutas encaminhadas por greves, manifestações, caravanas, protestos e ocupações contam com imensa participação da base e marcam os últimos anos de história da categoria. Uma base formada por uma grande maioria de mulheres, revelando uma dimensão fundamental para o enfrentamento e as estratégias de luta contra a desprofissionalização, o arrocho salarial e a múltipla jornada de trabalho.

Nesta luta contínua pela melhoria da educação, das condições de vida, todos são importantes: professoras, professores, funcionárias, funcionários, e especialistas. Reunidos em Sindicatos - instrumentos de ação para novas conquistas que refletirão no futuro do país, abrindo com certeza possibilidades mais amplas de felicidade.

Relação de Presidentes Gestão CPB/CNTE

Gestão 1983/1985 - Hermes Zanetti/RS - CPB

Gestão 1985/1987 - Nizo Prego/GO - CPB

Gestão 1987/1989 - Tomaz Wonghon/ RS - CPB

Gestão 1989/1991 - Roberto Felício/SP - CPB/CNTE

Gestão 1991/1993 - Roberto Felício/SP - CNTE

Gestão 1993/1995 - Horácio Reis/PE - CNTE

Gestão 1995/1997 - Carlos Abicalil/MT - CNTE

Gestão 1997/1999 - Carlos Abicalil/MT - CNTE

Gestão 1999/2002 - Carlos Abicalil/MT - CNTE

Gestão 2002/2005 - Juçara Dutra Vieira/RS - CNTE

Gestão 2005/2008 - Juçara Dutra Vieira/RS - CNTE

Gestão 2008/2011 - Roberto Franklin de Leão/SP - CNTE

Gestão 2011/2014 - Roberto Franklin de Leão/SP - CNTE

Gestão 2014/2017 - Roberto Franklin de Leão/SP - CNTE

Gestão 2017/2021 - Heleno Manoel Gomes Araújo Filho/PE - CNTE

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