Escrito por: CNTE
A 4ª Conferência Nacional LGBTQIA+ acontecerá de 21 e 25 de outubro de 2025, em Brasília/DF e será um espaço para debater políticas públicas e avanços na garantia de direitos desta comunidade no Brasil. Realizada em um contexto de aumento da violência e discursos de ódio contra essa população, a conferência reúnirá governo, ativistas e sociedade civil para propor ações que combatam a discriminação e promovam inclusão.
“A CNTE está no Conselho, reintroduzido pelo governo Lula, e a gente pressiona por políticas efetivas. A Conferência debate em quatro eixos: enfrentar a violência nas escolas, trabalho digno para LGBTQIA+, políticas educacionais interseccionais e a criação de um plano nacional de direitos", explicou o secretário de Funcionários da Educação da CNTE, Zezinho Prado. "O problema não é só o acesso à escola, mas a permanência, principalmente para população trans, que sofre discriminação. O objetivo é construir uma política que garanta direitos e um ambiente escolar acolhedor. Estamos firmes nessa luta".
No campo educacional, o evento ganha relevância extra. Uma pesquisa do MEC apontou que 80% dos professores de escolas públicas já viram bullying em sala, e metade dos 395 mil docentes relatou discriminação - um cenário preocupante. Já o estudo "Pesquisa Nacional sobre o Ambiente Educacional no Brasil" revelou que 73% dos estudantes LGBTQIA+ sofrem agressões verbais ou físicas nas escolas, enquanto 36% foram vítimas de violência física devido à sua orientação sexual ou identidade de gênero. Essas situações impactam diretamente o desempenho escolar.