Nos dias 16 e 17 de julho, o Coletivo de Saúde do/a Trabalhador/a do Sinteal participou da Oficina de Formação do Controle Social para o Fortalecimento do SUS, em Penedo. O projeto tem acontecido com oficinas em todo o país, com participação de lideranças de movimentos sociais, usuários e conselheiros do SUS (dos conselhos de saúde).
O Sinteal esteve representado pelas dirigentes da executiva estadual Patrícia David, Marluce Remígio, Neide Aparecida, Renildes Ramos, Láucia Gomes e Ana Rozendo, e das dirigentes do núcleo regional de Penedo Aparecida Santos e Ester Ferreira. Patrícia David, que atualmente também é a Secretária de Saúde do/a Trabalhador/a da CUT Alagoas, ressaltou a importância da atividade. “Considero necessário que nós, enquanto lideranças da classe trabalhadora, participemos de atividades como essa, por que a gente precisa massificar a importância do SUS.
Toda a população entendeu muito mais a importância do SUS durante a pandemia, mas passada a pandemia, parece que houve um esquecimento. O SUS está em tudo, na água que a gente consome, vacinas, exames (desde os mais básicos aos de alta complexidade), os transplantes... Nosso papel enquanto controle social é fundamental para preservar o nosso Sistema Único de Saúde e fazer que funcione”.
A avaliação de Patrícia é que isso renova o compromisso da CUT de trabalhar as lideranças sindicais para manter a defesa e o fortalecimento do SUS. “Saiu também a tarefa de mapear onde estão nossos representantes nos conselhos e em todos os outros espaços de controle social. Por menos apoio que esses espaços tenham, já que sofremos uma destruição pelo último presidente da república, estamos num período de retomada do controle social, e vamos poder fazer parte desses espaços”.
Segundo ela, o momento foi não apenas de informações, mas também de os participantes assumiram o compromisso. “Foi um momento muito rico, de muita troca, mas também de comprometimento, porque as pessoas que participaram dessas oficinas saem com o objetivo de se tornarem multiplicadores. A gente deve multiplicar através de planos de trabalho.”.
Ana Rozendo explica que as representantes do Sinteal já estão fazendo planos para executar junto à base. “Trouxemos esse plano para trabalhar com os nossos profissionais da educação, expandir o trabalho que a gente já faz com a roda de terapia. Foi muito falado lá por profissionais da saúde, que se tem o olhar para o usuário, mas a gente precisa cuidar de quem cuida, então o sindicato sai na frente com isso, com as rodas de terapia, e nosso projeto é uma oficina de cuidados. Cuidar de quem cuida. Vamos afinar isso com as psicólogas do Sinteal e temos a proposta de lançar no setembro amarelo”.
Bastante motivada, Ana ressalta o quanto o evento foi positivo. “Foi muito didático, e também foi um momento de humanização do Sistema também, diferente do que ainda se vê, com profissionais que ficam na ponta sem muito apoio. Tivemos a oportunidade de falar sobre concurso público em todas as áreas, cobrar mais condições ao trabalhador/a que está na ponta, e refletimos sobre a importância de conselhos estruturados e autônomos para de fato fazer o papel do controle. SUS e SUAS são bandeiras que a gente não pode deixar de carregar também como trabalhador da educação”.
