Escrito por: APLB

[BA] Descaso e risco: aulas suspensas na Escola Osvaldo Gordilho

APLB

A falta de estrutura nas escolas municipais de Salvador segue escancarando o abandono da educação pública pelo Executivo Municipal. Em São Cristóvão, a Escola Municipal Osvaldo Gordilho teve suas aulas suspensas desde a última quinta-feira (30/10), após a comunidade escolar constatar graves problemas de infraestrutura que colocam em risco a segurança e a saúde de estudantes, professores e funcionários.

Além dos fios expostos, ventiladores quebrados e salas com infiltrações — problemas relatados reiteradas vezes pela direção da APLB-Sindicato ao secretário municipal de Educação, sem retorno efetivo —, o caso mais recente acendeu o alerta máximo:
o reservatório superior de água estava sem tampa, expondo toda a comunidade ao risco de contaminação e doenças.

Diante da gravidade da situação, a equipe gestora da escola se reuniu com o Conselho Escolar e decidiu suspender as aulas, até que haja condições seguras de funcionamento. A escola informou que solicitou à Secretaria de Educação a imediata manutenção e higienização dos reservatórios de água e aguarda a realização do serviço.

Enquanto os reservatórios não forem devidamente higienizados, as aulas permanecerão suspensas, como medida de proteção à saúde e à segurança de toda a comunidade escolar.

A direção da APLB já relatou o caso por diversas vezes ao secretário de Educação e cobrou solução. A situação é insustentável. Os professores e os estudantes não podem continuar expostos a esse tipo de risco.

Ainda segundo a gestora da unidade, a Prefeitura afirma estar em processo de aluguel de outro espaço para onde a escola seria transferida até que uma nova sede seja construída. No entanto, o processo não avança na velocidade que o caso exige, e a comunidade segue desassistida.

A APLB-Sindicato denuncia o descaso da Prefeitura de Salvador, que se mostra lenta e omissa diante de um problema que afeta diretamente o direito à educação e à saúde pública.

Enquanto o governo municipal se perde em promessas e burocracias, crianças estão sem aula e trabalhadores da Educação seguem sem ambiente digno de trabalho.

“Não aceitaremos soluções paliativas nem discursos vazios. A Prefeitura tem a obrigação de agir com urgência. Educação se faz com planejamento, respeito e investimento — não com improviso e descaso”, reforça a direção da APLB.

A entidade sindical segue acompanhando o caso de perto e continuará cobrando providências imediatas, transparência e compromisso com a comunidade escolar da Osvaldo Gordilho.

Educação é prioridade, não pode esperar!