Escrito por: CNTE
Na próxima quarta-feira (15) acontecerá, em todo país, a primeira grande mobilização dos/as trabalhadores em educação e de toda a comunidade educacional contra as medidas absurdas do governo Bolsonaro, entre as quais se destacam:
Além das pautas retrogradas na educação, várias outras ações governamentais têm colocado em risco a sociedade, o meio ambiente e o trabalho no Brasil, a exemplo do que segue abaixo:
O governo Bolsonaro, repudiado no Brasil e no mundo, não se cansa de impor retrocessos civilizatórios à Nação. Agride a democracia, estimula a violência contra mulheres, negros, indígenas e LGBT, frustra a perspectiva dos jovens de acessar a escola, a universidade e o trabalho decente, oprime os/as trabalhadores/as da cidade e do campo com normas que degradam as condições de trabalho e retiram o poder de compra das famílias, estimula a violência em vez de investir na paz social. Não é coincidência que nos primeiros meses de governo o feminicídio e a agressão a estudantes e trabalhadores em educação tenham se elevado no Brasil, com destaque para a chacina escolar em Suzano, para o professor esfaqueado em sala de aula em Formosa do Oeste (PR) e para o caso do docente Júlio César Barroso, morto com arma de fogo numa escola em Valparaíso de Goiás.
Trata-se de um governo reacionário, retrógrado e em constante disputa fraticida entre seus integrantes, o que o torna inoperante em certos aspectos e altamente injusto e perigoso em outros - com ameaça de declaração de guerra contra país vizinho, em total afronta à Constituição Federal que preconiza a autodeterminação dos povos.
Ao mesmo tempo, esse governo possui um banqueiro no comando da economia nacional com o único intuito de saquear as riquezas naturais, de privatizar as empresas estatais e os fundos públicos (Educação, Saúde e Previdência) e de explorar sem piedade a força de trabalho do povo. O senhor Paulo Guedes, dono do Banco Pactual e de outras empresas, inclusive no setor educacional, se mostra totalmente insensível e inepto para combater a escalada sem precedentes do desemprego no país. E, agora, junto com Bolsonaro, quer destruir a Previdência e a Assistência Social públicas por meio da PEC 6/2019. Não deixaremos!
No campo externo, a soberania do Brasil cai por terra diante da constante submissão aos desejos norte-americanos, inclusive de controle de parte do território nacional, das reservas naturais e do comércio externo, inviabilizando qualquer projeto de nação próspera, altiva, inclusiva e de boas relações com os diferentes países e civilizações. A discriminação ideológica que impera na educação também rege as relações internacionais do Brasil, que ressuscitou o macarthismo e impõe ideologias religiosas para selecionar parceiros externos, inclusive comerciais.
Por essas e outras razões, que cotidianamente afrontam a soberania nacional e os avanços conquistados a duras penas por nossa sociedade, a CNTE reforça a convocação de suas entidades filiadas para a Greve Nacional da Educação, no próximo dia 15 de maio, devendo ser articuladas outras adesões do campo educacional, social e sindical em todos os estados.
Juntos, vamos barrar a cólera desse governo anti-povo e anti-nação!
Por educação pública, gratuita, plural, laica, desmilitarizada, democrática, sem violência, de qualidade, integral, com profissionais valorizados e para todos/as!
Por um projeto de sociedade inclusivo, com emprego e renda para todos/as!
Pelo respeito à vida e à dignidade de todos/as!
Pela revogação da Emenda Constitucional 95 - PEC da Morte!
Contra a reforma da Previdência que retira direitos de quem mais precisa!