As mobilizações para o dia 8 de Março e a Conferência Nacional de Políticas para Mulheres foram os pontos principais da reunião
Na terça-feira (18), as trabalhadoras da educação de sindicatos filiados à CNTE reuniram-se para articular as mobilizações do ano de 2025. O encontro virtual, promovido pela secretaria de Relações de Gênero da Confederação, pontuou sobre eventos importantes que irão acontecer neste ano, como o 8 de Março, em celebração ao Dia Internacional da Mulher, e a realização da Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, em setembro, organizada pelo Conselho Nacional dos Direito da Mulher (CNDM).
Segundo explicou a secretária de Relações de Gênero da CNTE, Berenice Darc, são datas de extrema importância e buscam reivindicar melhores políticas para mulheres, contra o machismo, contra a violência de gênero e o racismo.
“Que seja um ano ótimo para as mulheres. Temos muitos desafios e demandas, mas espero que a gente possa, apesar de todas as dificuldades do nosso país e específicas de cada estado e município, ter um bom ano, com mais conquistas. É ano de Conferência Nacional das Mulheres e esperamos, a partir desse evento, conseguir construir um plano de políticas que fortaleça a nossa luta diária dos próximos anos”, saudou a dirigente.
Articulação nacional
O evento está marcado para os dias 29 e 30 de setembro e dia 1º de outubro, no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília. Mais de 3 mil mulheres devem comparecer ao evento, representando organizações femininas, da sociedade civil, entidades de trabalhadores e do governo.
Conforme explicou Berenice, a partir dos debates e exposições ocorridas nas etapas municipais, estaduais e nacional da Conferência, será elaborado o Plano Nacional de Políticas Públicas para Mulheres, que servirá como um guia para a construção de políticas de enfrentamento às violências de gênero, raça e machismo nos próximos anos.
Para a secretária-geral da CNTE, Fátima Silva, que esteve presente na reunião, certamente, as mulheres trabalhadoras da educação estão muito envolvidas nas mobilizações, bem como na Conferência Mundial da Internacional da Educação, que acontecerá em 2026, e nas manifestações do dia 8 de Março.
“Precisamos, no decorrer desse ano, nos preparar para garantir a nossa forte participação enquanto Brasil na Conferência Mundial da IE e no 8 de Março, dando continuidade à resistência, preparando a esperança para o ano de 2026. A nossa capacidade de luta e resistência é o que vai prevalecer nesse mundo que ainda é tão cruel e selvagem para as mulheres”, ressaltou Fátima.
As mobilizações do 8 de Março de 2025 entoarão o tema Ainda Estamos Aqui, marchando, em todos os cantos do país, pela vida de todas as mulheres, contra o machismo, racismo, o fascismo, sem anistia.
“Temos a tarefa de participar nos nossos estados, nos unindo aos coletivos das mulheres, às centrais sindicais, aos movimentos sociais, fortalecendo o 8 de Março”, salientou Berenice.
“Esse é um tema de construção conjunta, baseado na nossa atual conjuntura nacional, sem deixar de denunciar e repudiar o machismo e preconceitos que ainda perduram na sociedade. Vamos colocar os nossos sindicatos à disposição dessa luta. A educação sempre teve uma participação incrível nas manifestações de 8 de Março, então vamos convocar toda a categoria para esse movimento”, completou a dirigente.
Para a secretária de Finanças da CNTE, Rosilene Corrêa, que também participou da reunião, as mobilizações do dia 8 de Março mostram que as mulheres ainda têm muito a conquistar.
“Estaremos juntas, mais do que antes. 2026 já se aproxima, e com ele as ameaças de retrocesso. Não podemos permitir que isso aconteça. Sabemos que nós mulheres e a educação somos constantemente alvos, mas como somos guerreiras, continuaremos firmes e fortes juntas”, destacou.