Escrito por: CNTE

Coletivo destaca comunicação sindical para defesa e manifestação dos trabalhadores

“Precisamos fazer com que entendam que a comunicação não pode ser só dentro das nossas entidades… A comunicação tem que ser um investimento”, avaliou o Secretário de Imprensa e Divulgação da CNTE, Luiz Vieira

No primeiro dia da  reunião do Coletivo de Comunicação da CNTE, os desafios para trabalhadores/as em educação acenderam a importância dos sindicatos utilizarem seus meios de comunicação para defesa de suas pautas. O evento, que segue até terça-feira (20), em Brasília, reuniu dirigentes das entidades ligadas à Confederação de todo o país, para debater e planejar as ações de comunicação dos sindicatos deste ano.

Coordenado pelo secretário de Imprensa e Divulgação, Luiz Vieira, a primeira parte da programação contou como uma análise histórica da conjuntura da educação e da política internacional. Além disso, também foi dado destaque às ações que precisam da mobilização e fortalecimento vindo dos trabalhadores. Um dos exemplos, foi a necessidade de defesa da Conae 2024, que tem sofrido ameaças e tem sido alvo de desinformação por parte da mídia e de membros políticos da direita.

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Outras mobilizações de importância também citadas:

-Repercutir e garantir a participação das entidades, com seus dirigentes na Marcha Nacional de Educação;

-Defesa das pautas e disputa de espaços de decisão durante as eleições municipais de 2024;

-Defesa de Piso e Carreira tratados conjuntamente; e 

-Acompanhamento constante de pautas pertinentes para a classe trabalhadora em Educação no Congresso Nacional, como o homeschooling, Novo Ensino Médio, Reforma Tributária, Reforma Administrativa e Reforma da Previdência.

“Esses informes trazidos aqui apontam ações que nós vamos desenvolver este ano… Tudo aquilo que realizamos, considero como ações importantes para nós, pois, enquanto classe, ocupamos esses espaços da política desde a redemocratização", declarou  Heleno Araújo, presidente da CNTE.

Ainda na mesa de abertura, a secretária Geral da Confederação, Fátima Silva, chamou a atenção para a força potencial que uma comunicação bem articulada das entidades junto à CNTE possui. Segundo ela, principalmente no período em que o professor Vieira tem coordenado o Coletivo, esse tem sido um esforço aplicado e que já tem gerado resultados. 

“Nós seremos uma grande potência se conseguirmos juntar as nossas comunicações e fazer algo articulado. Entretanto, sempre queremos fazer o nosso individualmente, e termos a nossa marca… Esse Coletivo é essencial para podermos alcançar os nossos objetivos”, reforçou.

Para o professor Luiz Vieira, ao pensar nas estratégias de comunicação, cabe buscar entender como poderão agregar em outras pautas, e como fazer com que a categoria reconheça a importância de uma boa comunicação.

“Precisamos fazer com que entendam que a comunicação não pode ser só dentro das nossas entidades. Não deve ser só mais uma secretaria que gera despesas. A comunicação tem que ser um investimento. Ela é central e tem que passar não só pelas pautas nossas do dia a dia da educação, mas as demais pautas também… Temos que pensar o todo e unificar a nossa luta para podermos vencer”, avaliou.

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Painel sobre os meios de comunicações

Pela tarde, a reunião contou com as contribuições do jornalista e representante do Fórum Nacional pela Democratização das Comunicações (FNDC/DF), Marcos Urupá, no panorama sobre os meios de comunicação. Em sua fala, o jornalista trouxe uma análise sobre a relevância e influência que os meios tradicionais, como rádio e TV, e a diferença de alcance e trabalho nestes comparada às novas mídias digitais.

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“Um serviço público e gratuito”, afirmou ao explicar a importância dos meios de radiodifusão na comunicação com a sociedade. “As redes sociais são importantes, mas elas por si só não dão conta do debate público como um todo. Isso acontece, pois elas exigem muito das instituições. Tem a necessidade de ter um corpo que crie alguma interação e engajamento. Você precisa de alguém profissional para trabalhar com isso.”, relatou.

“Então, eu faço esse panorama para dizer como é necessária a comunicação estratégica, e isso é constituído a médio e longo prazo, sendo bom para diversos departamentos, não só para aquele que é profissional da comunicação”, finalizou.

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