Escrito por: CNTE
O Jornal Mural da CNTE traz, a seguir, sugestões de documentários, livros, filmes e séries para serem usados no debate e conscientização sobre identidade de gênero e orientação sexual.
O Jornal Mural da CNTE traz, a seguir, sugestões de documentários, livros, filmes e séries para serem usados no debate e conscientização sobre identidade de gênero e orientação sexual.
A lista foi adaptada do site porvir.org, que ouviu professores e especialistas para indicar os materiais. Cada obra é indicada para idades diferentes. Observe a classificação indicativa e a faixa etária e aproveite!
Documentários e curta-metragens disponíveis online, gratuitamente:
Se essa escola fosse minha (Fellipe Marcelino e Letícia Leotti)
O documentário apresenta as experiências e situações de violência vivenciadas por estudantes LGBTQIAP+ no ambiente escolar e propõe o debate sobre a discussão de gênero e orientação sexual nos planos de educação.
Classificação indicativa: 12 anos
Disponível no YouTube
Depois da tempestade – A LGBTFobia na escola (Bruno Nomura, 2018)
O documentário universitário traz o cenário escolar e o quanto ele costuma ser desafiador para pessoas LGBTQIAP+. Qual é o espaço na escola para quem não se encaixa no padrão heterossexual e cisgênero?
Disponível no canal Bendita Geni, no YouTube.
Conversas que Inspiram (Grupo Dignidade, 2022)
Produzido pelo Grupo Dignidade e apoiado pelo Instituto Unibanco, o documentário apresenta depoimentos profundos sobre as experiências de pessoas LGBTQIAP+ no ambiente escolar.
Classificação indicativa: 14 anos
Disponível no YouTube
Meu corpo é político (Alice Riff, 2017)
O cotidiano de quatro pessoas LGBTQIAP+ que vivem na periferia de São Paulo: Linn da Quebrada, artista e professora de teatro, Paula Beatriz, diretora de escola pública no Capão Redondo, Giu Nonato, jovem fotógrafa em fase de transição, e Fernando Ribeiro, estudante e operador de telemarketing.
Classificação indicativa: 12 anos
Disponível gratuitamente no Globoplay (basta fazer cadastro)
Quem sou eu? (2017)
Nesta série exibida pelo “Fantástico”, da Rede Globo, e adaptada para a Globoplay, a jornalista Renata Ceribelli apresenta histórias de pessoas trans. O programa ganhou o prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos de 2017.
Classificação indicativa: 12 anos
Disponível gratuitamente no Globoplay (basta ter cadastro)
Vestido nuevo (Sergi Pérez, Espanha, 2008)
Mostra a história de um menino, que, em um dia de Carnaval, chega à escola de vestido rosa e unhas pintadas. Com apenas 13 minutos de duração, o curta traz à tona como o ambiente escolar possui um papel fundamental e formador, nesses casos. Mostra, ainda, a forma diferente como adultos e crianças lidam com a questão.
Classificação indicativa: 12 anos
Versão em espanhol (sem legendas) disponível gratuitamente no site da RTVE Play e no Vimeo do diretor
“The Light”, videoclipe da banda HollySiz (Benoît Pétré, França, 2014)
O vídeo é um clipe de uma canção com pouco menos de 4 minutos de duração. Um menino decide, um dia, ir à escola de vestido. Mostra, sobretudo, que os preconceitos podem e devem ser superados.
Classificação indicativa: 12 anos
Disponível no YouTube
Palloma (William Tenório, 2015)
Com 9 minutos, o curta-metragem traz a história de Palloma, uma mulher trans, sertaneja, na luta pelo reconhecimento identitário de forma respeitosa, no sertão do Pajeú do Piauí.
Classificação indicativa: 14 anos
Disponível no YouTube
Tão bonita que tão medonha (Direção coletiva, 2019)
Na cidade pernambucana de Triunfo, as “veinha”, como são conhecidas, surgiram como uma manifestação feminista das mulheres da cidade, que reivindicavam por espaço para brincarem o Carnaval.
Classificação indicativa: 14 anos
Disponível no YouTube
Maria Clara – A História Incompleta de Brenda e de Outras Mulheres (Chico Ludemir, 2016)
O vídeo faz parte do projeto “Mulheres: o nascer é comprido”, exposição do artista visual e jornalista Chico Ludermir, realizado pela Fundação Joaquim Nabuco. Na série, mulheres trans lêem um livro sobre suas vidas. Neste vídeo, Maria Clara Sena, vencedora do prêmio Claudia Mulher na categoria políticas públicas, conta um pouco de sua trajetória.
Classificação indicativa: 14 anos
Disponível no YouTube
Sapacrew (Direção coletiva, 2019)
O curta aborda a vida de três mulheres lésbicas no cenário do Hip Hop pernambucano. Na contramão do machismo, elas compartilham seus históricos de resistência.
Classificação indicativa: 14 anos
Disponível no YouTube
Livros infantis
Olivia tem dois papais (Marcia Leite, com ilustrações de Taline Schubach, 2010). Idade de leitura: a partir dos 6 anos. Sinopse: Assim como tantas crianças, Olivia não tem uma mãe e um pai, mas sim dois papais.
A princesa e a costureira (Janaína Leslão, com ilustrações de Júnior Caramez, 2015). Idade de leitura: a partir dos 12 anos. Sinopse: Uma princesa que foi prometida por sua família para um príncipe do reino vizinho decide que não quer se casar com ele, pois está apaixonada pela costureira. Para que elas fiquem juntas, até o príncipe se junta para ajudar nesse amor.
Maremoto (Flavia Reis e Elisa Carareto, 2020). Idade de leitura: a partir de 6 anos. Sinopse: Cada um de nós somos seres únicos e singulares, complexos, e essa complexidade é que nos faz belos e únicos. Feito para ser lido verticalmente, a obra convida a um mergulho com sereias e criaturas fantásticas: esses seres são metade peixe, metade homem ou mulher? Quem são eles? Ou elas?
Heartstopper: dois garotos, um encontro (Alice Oseman, com tradução de Guilherme Miranda, 2021). Idade de leitura: acima dos 12 anos. Sinopse: A HQ conta a história de Nick e Charlie, dois garotos que começam a namorar durante o ensino médio e precisam lidar com os eventos que essa decisão traz para suas vidas. A HQ aborda temáticas persistentes para adolescentes: amizades, amadurecimento, relacionamentos e transtornos alimentares, entre outras.
Livros juvenis
Conectadas (Clara Alves, 2019). Idade de leitura: a partir dos 12 anos. Sinopse: Raíssa e Ayla se conheceram jogando Feéricos, um dos games mais populares, e não se desgrudaram mais ― pelo menos virtualmente. Ayla sente que, com Raíssa, finalmente pode ser ela mesma. Raíssa, por sua vez, encontra em Ayla uma conexão que nunca teve com ninguém. Mas há um pequeno problema: Raíssa joga com um avatar masculino, então Ayla não sabe que está conversando com outra menina.
Os garotos do cemitério (Aiden Thomas, 2021)
Idade de leitura: a partir dos 14 anos. Sinopse: Yadriel é um garoto trans e gay que está determinado a afirmar sua identidade de gênero e orientação sexual para sua família latina tradicional. Mas, para isso, ele acaba invocando um fantasma que se recusa a ir embora.
Vermelho, branco e sangue azul (Casey Macquiston, 2019)
Idade de leitura: a partir dos 16 anos. Sinopse: O que pode acontecer quando o filho da presidenta dos Estados Unidos se apaixona pelo príncipe da Inglaterra? Alex e Henry são obrigados a encenar uma amizade para o público, mas a relação se torna um romance real. O livro se transformou em série, que estreia em agosto de 2023 na Amazon Prime.
Aristóteles e dante descobrem os segredos do universo (Benjamin Alire Sáenz, 2014)
Idade de leitura: a partir dos 14 anos. Sinopse: Em um verão tedioso, os jovens Aristóteles e Dante são unidos pelo acaso e, embora sejam completamente diferentes um do outro, iniciam uma amizade especial, do tipo que muda a vida das pessoas e dura para sempre. Por meio dessa amizade que Ari e Dante vão descobrir mais sobre si mesmos, e sobre o tipo de pessoa que querem ser.
O amor não é óbvio (Elayne Baeta, 2019)
Idade de leitura: a partir dos 14 anos. Sinopse: Íris tem 17 anos e está viciada na novela “Amor em atos”. Ela assiste a todos os episódios ao lado de sua vizinha de 68, Dona Símia, que se tornou sua segunda melhor amiga. Mas Poliana, que ocupa o primeiro lugar, não pode nem sonhar com isso.
Todos, nenhum, simplesmente humano (Jeff Garvin, 2016)
Idade de leitura: a partir dos 15 anos. Sinopse: “A primeira coisa que você vai querer saber sobre mim é: sou menino ou menina?” Riley Cavanaugh é um ser humano com muitas características: perspicaz, valente, rebelde e… gênero fluido. Em alguns dias, se identifica mais como um menino, em outros, mais como uma menina. Em outros, ainda, como um pouco dos dois. Mas o fato é que quase ninguém sabe disso. Depois de sofrer bullying e viver experiências frustrantes em uma escola católica, Riley tem a oportunidade de recomeçar em um novo colégio.
As lendas de Dandara (Jarid Arraes, 2022). Idade de leitura: a partir dos 10 anos. Sinopse: Na sociedade do período do açúcar, a casa-grande era a residência do senhor de engenho. É contra essa estrutura odiosa que se ergue Dandara dos Palmares, guerreira e companheira de Zumbi, que luta à frente das formações de palmarinos dispostos a reconquistar a liberdade e a dignidade para si e para seus irmãos escravizados.
Vento forte de sul e norte (Manuel Filho, 2015)
Idade de leitura: a partir dos 14 anos. Sinopse: Desde criança, em alguns momentos da vida, Luísa teve de enfrentar três situações de preconceito: o fato de ser negra, adotada e ter pais gays. Quando chamou Henrique para sua casa a fim de ajudá-lo com as aulas de matemática, jamais pensou que ele agiria como tantas outras pessoas.
Coração na aldeia pés no mundo (Aurita Tabajara, com xilogravuras de Regina Drozina 2018)
Idade de leitura: a partir dos 10 anos. Sinopse: Aurita Tabajara se utiliza da força da palavra para ganhar o mundo. Em sua jornada a força da mulher nordestina, indígena, sonhadora e guerreira se encontram com a sutileza poética, característica da autora.
Omo-Oba (Kiusam de Oliveira, 2023)
Idade de leitura: a partir dos 9 anos. Sinopse: As histórias deste livro narram aventuras, dramas e peripécias de princesas e príncipes africanos. Cada uma a seu modo, essas personagens enfrentam guerras, desvendam mistérios, fazem autodescobertas e amadurecem em contos narrados por Kiusam de Oliveira, um dos nomes mais importantes da literatura negro-brasileira.
Por que eu não consigo gostar dele/dela? (Anna Claudia Ramos e Antônio Schimeneck)
Idade de leitura: a partir dos 14 anos. Sinopse: O livro reúne 4 contos sobre as descobertas do amor, de gênero e de sexualidade. São depoimentos de diferentes artistas, jornalistas, psicólogos, professores, mães, pais e filhos da diversidade, pessoas LGBTQIAP+, pessoas ligadas a diferentes religiões, todos falando sobre amor e acolhimento.
Livros selecionados pelo Plano Nacional do Livro Didático
Minha vida não é cor-de-rosa (Penélope Martins, 2020)
Idade de leitura: A partir dos 12 anos. Sinopse: Enquanto busca seu lugar no mundo, a sensível protagonista deste livro precisa lidar com as responsabilidades, namoros e amizades complicadas. Além disso, tenta superar dois casos de assédio conversando com as amigas e com os pais, se mobilizando na escola, sendo uma boa aluna e fazendo a diferença no mundo. Clique para ler o suplemento para professores
Extraordinárias: mulheres que revolucionaram o Brasil (Duda Porto de Souza e Aryane Cararo, 2017). Idade de leitura: a partir dos 12 anos. Sinopse: O livro reúne perfis de brasileiras que impactaram a história. Entre elas, Felipa de Souza, primeira mulher das Américas a assumir sua homossexualidade e sofrer nas mãos da Inquisição por isso.Clique aqui para acessar o material do professor
Chapeuzinho Esfarrapado e outros contos feministas do folclore mundial (Bárbara Malagoli, ilustradora, Ethel Johnston Phelps, editor, e Julia Romeu, tradutora, 2016)
Idade de leitura: a partir dos 9 anos. Sinopse: Quem disse que as mulheres nos contos de fadas são sempre donzelas indefesas, esperando para ser salvas pelo príncipe encantado? Esta coletânea reúne narrativas folclóricas do mundo inteiro — do Peru à África do Sul, da Escócia ao Japão – em que as mulheres são as heroínas das histórias e vencem os desafios com esforço, coragem e muita inteligência. O livro é para todo mundo que não se identifica com as princesas típicas dos contos de fadas. É para garotas e garotos, para que todos possam aprender que as maiores virtudes de um herói não são exclusivas a um só gênero. Clique aqui para acessar o material do professor
Filmes
Hoje eu quero voltar sozinho (Daniel Ribeiro, 2014)
Leonardo, um adolescente cego, tenta lidar com a mãe superprotetora ao mesmo tempo em que busca sua independência. Quando Gabriel chega em seu colégio, novos sentimentos começam a surgir em Leonardo, fazendo com que ele descubra mais sobre si mesmo e sua sexualidade.
Classificação indicativa: 14 anos
Disponível para assinantes da Netflix
Alice Júnior (Gil Barone, 2019)
O filme conta a história de Alice, uma adolescente trans que precisa mudar para uma cidade conservadora do interior, por causa do trabalho do pai. Lá, ela começa a estudar numa escola católica que não aceita sua identidade de gênero. O filme é bem didático para quem quer aprender mais sobre o assunto, e entender falas desrespeitosas e preconceituosas.
Classificação indicativa: 14 anos
Disponível para assinantes da Netflix
XXY (Lucía Puezo, Argentina, 2006)
A produção argentina conta a história de Alex, uma adolescente intersex de 15 anos. Com traços fenotípicos predominantemente femininos, Alex possui, entretanto, genitais masculinos. Seus conflitos de identidade permanecem sob controle até entrar na adolescência e interessar-se por um rapaz. Alex, inicia, então, um processo de busca por sua identidade e descobertas relacionadas a sua sexualidade.
Classificação indicativa: 16 anos
Disponível para assinantes da Netflix
Tomboy (Céline Sciamma, França, 2012)
Trata da descoberta da sexualidade. A história se passa em uma cidade do interior da França. Laure, 10 anos, não se identifica como menina, mas como menino, e adota a identidade de Mickaël. Os pais, ainda que bastante afetuosos, não conseguem lidar com a complexidade da situação.
Classificação indicativa: 10 anos
Disponível para assinantes do GloboPlay
De gravata e unha vermelha (Miriam Chnaiderman, Brasil, 2015)
Documentário brasileiro, da psicanalista Miriam Chnaiderman. O filme traz entrevistas com diversas personalidades que, em suas histórias de vida, colocaram em perspectiva o modelo de identificação binário homem/mulher, e questionam os estereótipos construídos para cada um dos sexos. São entrevistados o cantor Ney Matogrosso, a cartunista Laerte, a atriz Rogéria e o estilista Johnny Luxo, entre outros.
Classificação indicativa: 12 anos
Disponível para alugar no YouTube
Laurence Anyways (Xavier Dolan, Canadá, 2012)
Conta a história de Laurence, professor de literatura, um homem que, em seu aniversário de 30 anos, revela à sua namorada que quer se tornar uma mulher e irá fazer uma cirurgia de mudança de sexo.
Classificação indicativa: 12 anos
Disponível para assinantes do Prime Vídeo
Meninos não choram (Kimberly Peirce, EUA, 1999)
O filme foi baseado em fatos reais e relata um caso de transfobia. Conta a história de Brandon Teena, um jovem trans que é perseguido quando sua identidade de gênero é descoberta.
Classificação indicativa: 18 anos
Disponível para assinantes do Star Plus
Milk – a voz da igualdade (Gus, Van Sant, EUA, 2009)
O filme relata a história verdadeira de Harvey Milk, um político e ativista gay que foi o primeiro homossexual declarado a ser eleito para um cargo público na Califórnia, como membro da Câmara de Supervisores de São Francisco.
Classificação indicativa: 16 anos
Disponível para alugar no YouTube
A garota dinamarquesa (Tom Hooper, Reino Unido, EUA, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, 2015). Baseado em fatos reais, conta a história de Einar Wegener, que virou oficialmente Lili Elbe e ficou conhecida como a primeira pessoa a fazer uma cirurgia de mudança de sexo, na década de 1920.
Classificação indicativa: 14 anos
Disponível para alugar no YouTube
Séries
Falas de Orgulho
Com metáforas, delicadeza e reflexões, o terceiro episódio da antologia Histórias Impossíveis será apresentado no Falas de Orgulho. Única história de amor da série de ficção criada por Renata Martins, Jaqueline Souza e Grace Passô, o episódio ‘Sísmicas’ tem como ponto focal o casal Lena (Ana Flavia Cavalcanti), mulher cis, e sua namorada Kátia (Kika Sena), mulher trans, que, depois de decidirem morar juntas na casa que Lena herdou da avó, vão enfrentar ameaças que põem o relacionamento em cheque.
Classificação indicativa: 12 anos
Disponível para assinantes do Globoplay
Sex Education
A série aborda temas importantes e as principais descobertas da adolescência, incluindo sexualidade, feminismo e identidade de gênero. E também conta com um elenco bem representativo, com questões de várias letras da comunidade LGBTQIAP+ abordadas de maneira delicada.
Classificação indicativa: 16 anos
Disponível para assinantes da Netflix
Heartstopper
Este drama LGBTQIAP+ sobre amizade e amor na adolescência é baseado na graphic novel de Alice Oseman, escritora e ilustradora inglesa de ficção para jovens. Os protagonistas são Charlie e Nick, que estão descobrindo o que sentem um pelo outro, em meio às dificuldades da vida escolar e amorosa.
Classificação indicativa: 12 anos
Disponível para assinantes da Netflix
Love, Victor
A série é inspirada e ambientada no mesmo universo do filme “Love, Simon”, que fala sobre a descoberta da sexualidade do protagonista Simon. Aqui temos Victor, amigo de Simon, passando pelas mesmas questões, enquanto luta para entender sua sexualidade em meio ao ambiente escolar e conflitos familiares com sua família religiosa.Classificação indicativa: 14 anos
Disponível para assinantes do Star Plus