Escrito por: CNTE
Prefeito Corró (PP) se nega a reajustar o salário dos professores municipais
Educadores brasileiros repudiam postura autoritária e sem diálogo do prefeito Corró (PP), de Marcionílio Souza/BA, em se negar a cumprir a Lei do Piso e reajustar o salário dos professores municipais
A negativa do prefeito do município baiano de Marcionílio Souza, Hermínio José Oliveira Mercês, conhecido como Corró (PP), em apresentar uma proposta da gestão municipal para cumprir o determinado pela Lei do Piso Salarial Nacional do Magistério Público deve empurrar os/as professores/as da cidade para uma greve. Sem se dignificar a sentar e conversar com os/as professores/as do município por ele administrado, Corró demonstra não ter apreço pela educação de seu povo e isso será dele cobrado nas próximas eleições.
Para além das questões políticas que se desdobrarão a partir dessa péssima decisão do Prefeito Corró, que denota claramente um desapreço pela educação das crianças do município que lhe confiou o mandato de gestor público máximo da cidade, Corró deverá sofrer interpelações judiciais quanto à sua decisão. A APLB (sindicato da categoria) já demonstrou que, a partir de Relatório de Impacto Financeiro, é possível arcar com o reajuste legal devido de 33,24% aos/às professores/as da rede municipal de ensino da cidade. Ao invés de chamar a categoria para conversar sobre as possibilidades apresentadas pelo sindicato, a gestão municipal, de forma truculenta, reenvia o projeto de lei à Câmara Municipal da cidade sem o devido reajuste. Ao contrário, tenta descaracterizar o plano de carreira dos trabalhadores/as do magistério público municipal, o que, certamente, poderá também ensejar demandas judiciais.
Cabe deixar claro ao prefeito Corró que esse reajuste de 33,24% é estabelecido em lei federal e, assim, cedo ou tarde, os/as professores/as municipais terão assegurado o seu direito ao reajuste do Piso. A relutância do prefeito em assegurar de uma vez por todas o valor devido marcará a sua trajetória política como gestor inimigo da educação e dos/as professor/as, empurrando a categoria para uma greve que poderia ser tranquilamente evitável. Os maiores prejudicados no curto prazo, sabemos bem, são as crianças e as famílias da cidade.
Pague o Piso do/a professor/a, Prefeito Corró! Não queira entrar para a história como inimigo da educação. Essa pecha pode lhe custar a sua trajetória política. Os/as educadores/as de todo o Brasil estão atentos aos desdobramentos dessa contenda e, desde já, colocamos nossa estrutura jurídica nacional, desde Brasília, à disposição da APLB-Sindicato para propor qualquer interpelação judicial que, por ventura, seja avaliado crível e oportuna.
Brasília, 28 de abril de 2022
Direção Executiva da CNTE