Escrito por: CNTE
Vereadora teve seu mandato cassado por aqueles que insistem em fomentar o autoritarismo
Foto: Marcos Lewe/Portal do PT
Ao denunciar, ainda em novembro de 2022, manifestações nazistas feitas por dezenas de apoiadores do ex-presidente Bolsonaro em frente à base do Exército de São Miguel do Oeste, em Santa Catarina, uma vereadora do Partido dos Trabalhadores (PT) teve seu mandato cassado pela Câmara Municipal da cidade. Em uma ação absolutamente persecutória e com fortes indícios de misoginia, os “donos da cidade” tentam calar uma voz que denuncia a barbárie e o extremismo que tomou conta de segmentos da sociedade brasileira nos último tempos.
Depois de ter o seu mandato cassado de forma absolutamente vil por uma Câmara formada em sua grande maioria por homens, a vereadora petista Maria Tereza Capra, uma das apenas três mulheres que compõem a bancada de vereadoras do município, ainda sofre com ameaças de morte enviadas para o seu correio eletrônico. E quem se pôs a defendê-la no Estado, como a vereadora Ana Lúcia Martins (PT), de Joinville, e a vereadora Giovana Mondarto (PCdoB), de Criciúma, também foram atacadas e ameaçadas de morte nas redes.
A derrota de um presidente não foi suficiente para acabar com o fascismo espraiado pelo país, como disse nosso Presidente Lula em manifestação recente. Se a cassação da vereadora por si só já é absurda, em se tratando claramente de um crime de opinão a que todos/as os homens e mulheres públicos/as do país têm assegurado no exercício de seus mandatos, as ameças de morte não podem ser toleradas em nenhuma situação. Os criminosos que as fazem devem ser investigados e seus crimes apurados e punidos.
Toda nossa solidariedade a vereadora Maria Tereza Capra! O seu mandato deve ser recuperado pelos meios judiciais e os seus algozes naquela casa legislativa devem ser expostos a toda sociedade por compactuarem com os crimes de ódio promovidos no país.
Brasília, 07 de fevereiro de 2023
Direção Executiva da CNTE