Escrito por: CNTE

Educadores de todo o Brasil se solidarizam com a greve dos trabalhadores em educação do Estado de Santa Catarina e fazem coro c...

Educadores de todo o Brasil se solidarizam com a greve dos trabalhadores em educação do Estado de Santa Catarina e fazem coro com a pauta encampada pelo SINTE/SC

Em Assembleia histórica realizada no último dia 04 de abril, os/as trabalhadores/as em educação do Estado de Santa Catarina decidiram deflagrar uma greve de toda a educação de sua rede estadual de ensino. Também de forma que há tempos não se via no Estado, a forte adesão à paralisação logo no primeiro dia de greve, que foi iniciada ontem (23/04), indica e demonstra um nível altíssimo de insatisfação dos educadores e das educadoras do Estado com a sua situação profissional.

Trata-se de fato de um movimento absolutamente legítimo em sua pauta de reivindicações: o reajuste do Piso Salarial Nacional do Magistério, previsto na Lei Federal nº 11.738/2008, deve ser rigorosamente cumprido e pago na carreira, sob pena de a gestão estadual resvalar em descumprimento de normativo legal. E isso deve ser acompanhado da descompactação da tabela salarial, uma distorção que, ao não valorizar o tempo de carreira e nem a formação do/a educador/a, enterra toda a atratividade que uma carreira pública deve ter. Nada mais justo também que a hora-atividade seja estendida ao conjunto dos/as educadores/as da rede estadual, bem como o fim do desconto previdenciário de 14% e a realização de um massivo concurso público ainda para o 1º semestre de 2024. Essas são as reivindicações que, se atendidas, indicará uma real valorização da gestão pública estadual com a educação do Estado.

A educação e os/as educadores/as do Estado clamam e lutam pelo atendimento a essas questões centrais que, se superadas, ajudará a rede de ensino estadual a prestar um bom serviço público educacional a toda população. A boa-fé nas negociações e rodadas de conversa do Governo com os representantes sindicais dos/as trabalhadores/as, representados/as pelo SINTE/SC, devem superar a formalidade de somente receber o sindicato em audiências. As reuniões devem ser acompanhadas de propostas concretas por parte do Governo e de seus representantes para dar solução às questões colocadas na pauta de negociação do sindicato. Estratégias de protelamento e tergiversação comprometem a boa-fé que todo processo negocial deve ter e com ela poder contar.

Em solidariedade à justa e legítima luta travada pelos/as companheiros/as da rede estadual de ensino de Santa Catarina, educadores/as de todo o país se somam ao mesmo compromisso emanado pelos/as professores/as e funcionários/as da educação do Estado catarinense e de seu sindicato.

Brasília, 24 de abril de 2024.

Direção Executiva da CNTE.