Escrito por: CNTE

Giro - notícias

Hebe de Bonafini, presente! 
A líder da Associação Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, faleceu aos 93 anos, na Argentina, em 20 de novembro de 2022. Com dois filhos e uma nora desaparecidos durante a ditadura, Bonafini foi uma das fundadoras do grupo de mães que, em 1977, começou a se reunir na Praça de Maio, diante da sede do governo,
em Buenos Aires, para exigir informações sobre o paradeiro de seus filhos sequestrados, torturados e desaparecidos durante o regime autoritário. A luta continuou na democracia, com manifestações e atos que seguiram exigindo verdade e justiça.

Governo revoga medidas que dificultam aborto legal e seguro
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, revogou a portaria nº2.561/2020, assinada no governo Bolsonaro, que previa a necessidade de o médico avisar à polícia em caso de aborto por estupro. Além disso, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva retirou o país do acordo internacional do Consenso de Genebra - aliança conservadora que une países contrários ao aborto. Em nota conjunta do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da Saúde, do Ministério das Mulheres e do Ministério dos Direitos Humanos, o documento foi condenado por limitar direitos sexuais e reprodutivos e o conceito de família e por comprometer a aplicação da lei brasileira. O aborto é garantido por lei para mulheres que sofreram abuso sexual desde a década de 1940 no Brasil.

Nova bandeira LGBTQIAP+ é apresentada em Copacabana 
A nova bandeira símbolo da comunidade LGBTQIAP+ internacional foi apresentada oficialmente no Brasil durante a 27ª Parada do Orgulho de Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), em dezembro de 2022. A tradicional bandeira com as cores do arco-íris foi criada por Gilbert Baker, em 1978, para o Dia de Liberdade Gay de San
Francisco, na Califórnia, nos Estados Unidos. A nova bandeira é uma atualização feita em 2018 por Daniel Quasar, sendo que em 2021 Valentino Vecchietti acrescentou o símbolo intersexo. A reformulação tem o propósito de incluir os diversos grupos que compõem a sigla. Na atualização, o rosa, o azul e o branco representam a comunidade trans; o amarelo com o círculo roxo, a comunidade intersexo; o preto e o marrom, a luta antirracista.

Mulher: palavra do ano em 2022
O termo “woman” - mulher, em inglês - foi eleito pelo dicionário online Dictionary.com como a palavra do ano em 2022. A escolha se deve ao fato das buscas pelo vocábulo “mulher” no portal aumentarem significativamente em diversos momentos do ano. O maior pico foi durante a audiência de confirmação de Ketanji Brown Jackson, primeira mulher negra juíza da suprema corte dos EUA. Na oportunidade, a senadora Marsha Blackburn pediu que a juíza definisse a palavra “mulher”. Segundo o portal, a atenção que essa palavra recebeu demonstra o interesse do público em questões de identidade e direitos transgêneros. A pauta envolve a própria identificação das pessoas (como mulher, homem ou nenhum dos dois), sendo que “as políticas que essas questões levantam transcendem a importância de qualquer definição de dicionário – elas impactam diretamente na vida das pessoas”.

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