Escrito por: CNTE

Laço Branco: homens da CNTE pelo fim da violência contra as mulheres

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Desde 2015 o Código Penal Brasileiro tipifica o feminicídio como assassinato de uma mulher em função do gênero. Segundo dados disponibilizados pelo ACNUDH ( Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos), o Brasil está em 5o lugar no mundo em casos de feminicídio. Em 2006, o então Presidente Lula sancionou a Lei Maria da Penha, reconhecida como uma das medidas mais eficazes no combate à violência contra a mulher no mundo.

Após o Golpe de 2016, desde o governo ilegítimo Temer e, mais recentemente, na era Bolsonaro, a sociedade brasileira tem passado por inúmeros retrocessos no campo dos direitos humanos e as mulheres são as mais atingidas. Neste ano, 2019, alguns levantamentos já apontam que a violência contra a mulher aumentou e medidas machistas como vetar a lei que obrigaria hospitais a comunicarem para as autoridades indícios de violência contra a mulher, exemplificam a postura do atual governo diante do tema.

Os tempos atuais exigem do campo progressista maior resistência e a luta pelo fim da violência contra as mulheres demanda visibilidade, denúncia e solidariedade. A campanha do Laço Branco acontece no dia 6 de dezembro, está presente em mais de 50 países e seu objetivo é incentivar o engajamento dos homens na luta a favor da vida das mulheres e homenagear aquelas que já foram vitimadas apenas por serem mulheres.

Em ato simbólico no dia de ontem, os homens da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) presentes na 3a Plenária Intercongressual da entidade, manifestaram seu engajamento na luta pela equidade de gênero e para eliminar a desigualdade entre homens e mulheres.

Berenice D’Arc Jacinto, Secretária de Relações de Gênero da entidade, acredita que o ato foi uma demonstração clara que o tema está inserido nas pautas da CNTE. “Essa manifestação dos nossos companheiros é um reflexo da política de gênero que vem sendo construída, acertadamente, pela Confederação. Uma construção que é coletiva, mas com protagonismo das mulheres que conduzem com muita garra nossa política”, afirmou.


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Fotos: Joka Madruga (capa) e Jordana Mercado | Texto: Jordana Mercado