Escrito por: CNTE
A manhã do dia de hoje deixou a cidade de Estação, no norte do Estado do Rio Grande do Sul, em verdadeira comoção: um adolescente de 16 anos, que passa por tratamento psiquiátrico, entrou na Escola Municipal Maria Nascimento Giacomazzi e, portando uma faca, desferiu golpes contra crianças de 8 a 9 anos e sua professora. O ataque fez uma vítima e deixou mais duas crianças em estado grave, além da professora da turma que, no ímpeto de proteger seus/uas estudantes, foi também gravemente ferida.
Em choque, a turma do 3º ano do Ensino Fundamental está amparada e tendo suporte e assistência oferecida pelo município que, conforme noticiário veiculado sobre o caso, também receberá uma equipe de profissionais e psicólogos treinados para lidar com situações de crise e violência extrema, enviada pelo Ministério da Educação (MEC).
Os casos de ataques violentos em escolas, fenômeno relativamente recente no Brasil, mas que já existe a muito tempo em outros países, em especial nos Estados Unidos, não deve nunca sair do rol de preocupação permanente das autoridades. Casos como esse ganham contornos especiais nos dias de hoje, quando cada vez mais estudos e pesquisas apontam para o uso excessivo de telas e redes sociais por crianças e adolescentes como fator importante para o desequilíbrio na sua saúde mental.
Os/as educadores/as de todo o Brasil, consternados/as com mais esse caso, se colocam solidários/as às vítimas e seus familiares e cobram das autoridades, de todos os níveis da Federação, empenho para cuidar da nossa infância brasileira, com medidas que, para além dos Grupos de Trabalho e de medidas positivas que, sem dúvida, avançaram na proteção das nossas crianças e adolescentes, como o foi o caso da proibição de celulares dentro de escolas. É fundamental que toda a sociedade se envolva nesse projeto nacional de cuidado e proteção de nossas crianças e adolescentes, dentro e fora dos espaços escolares
Brasília, 08 de julho de 2025
Direção Executiva da CNTE