Escrito por: CNTE

Moção de repúdio à violência da Brigada Militar contra educadoras e educadores gaúchos

 Violência policial da Brigada Militar do Rio Grande do Sul escancara a falta de diálogo do atual governo do Estado e faz de educadoras e educadores suas vítimas

 

 

O dia de ontem será mais um marco da falta de respeito com o que o atual Governo do Rio Grande do Sul trata a educação e os/as educadores/as do Estado. Em uma assembleia geral convocada pelo CPERS, (sindicato da categoria de professores/as e funcionários/as de escola do Rio Grande do Sul), onde mais de 20 mil pessoas se concentraram na Praça da matriz, em Porto Alegre, a violência policial prosperou sobre o diálogo necessário e esperado de todo governante. Mas não é assim que atual governador do Estado Eduardo Leite pensa.

Os/as educadores/as do Estado, em um movimento grevista já vitorioso pelo nível de adesão da categoria, só desejavam entregar uma carta à Casa Civil do governo. A negativa em atender o comando de greve criou o descontentamento geral e a frustração de quem se reuniu ali para, minimamente, apresentar sua pauta de reivindicações. A partir daí, o que se viu foi o absoluto despreparo da Brigada Militar estadual que, subordinada e comandada pelo governador do Estado, partiu para o uso desproporcional da violência.

A violência fez suas vítimas! A própria presidenta da entidade foi ferida na cabeça com um objeto contundente e mais de 20 educadores/as terminaram por acabar a sua manifestação pacífica no Hospital de Pronto Socorro (HPS). Tudo em decorrência da arrogância e da empáfia de gestores que não sabem conviver com a democracia já que, se os manifestantes tivessem sido recebidos, o governador teria evitado as cenas grotescas de violência policial perpetrada contra aqueles que exercem a mais bela profissão de todas. Mas não, ele sequer estava no Estado!

Se não bastasse o arrocho salarial de um dos piores salários do país, o atual governador ainda se nega a exercer aquilo esperado de todo gestor: o diálogo social com os segmentos organizados da população de seu Estado que, no limite, são seus representados.

Todo repúdio àqueles que não sabem exercer a boa gestão pública! E toda solidariedade aos/às educadores/as do Rio Grande do Sul! Que o diálogo consiga um dia prevalecer sobre a truculência e violência daqueles que estão incumbidos de proteger a sociedade.

 

Brasília, 27 de novembro de 2019

Direção Executiva da CNTE