Escrito por: CNTE
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, entidade representativa de mais de 4 milhões de trabalhadores/as das escolas públicas brasileiras, vem a público REPUDIAR, de forma veemente, a ação dos deputados federais Delegado Waldir (PSL/GO) e Delegado Éder Mauro (PSD/PA) que, no dia de hoje (22/05), em audiência pública conjunta da Comissão de Trabalho, Administra...
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, entidade representativa de mais de 4 milhões de trabalhadores/as das escolas públicas brasileiras, vem a público REPUDIAR, de forma veemente, a ação dos deputados federais Delegado Waldir (PSL/GO) e Delegado Éder Mauro (PSD/PA) que, no dia de hoje (22/05), em audiência pública conjunta da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público – CTASP e da Comissão de Educação – CE da Câmara Federal, que contou com o comparecimento para oitiva do Ministro da Educação Abrahan Weintraub, cerceou o direito a palavra da presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Marianna Dias, e do presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Pedro Gorki.
Havia um acordo prévio dos presidentes de ambas as comissões, pactuada com os parlamentares presentes, de que seria concedida a palavra às entidades presentes na audiência. Ao final da reunião, a deputada Marcivania (PCdoB/AC), presidente da CTASP, ao conceder a palavra aos presidentes das entidades estudantis, foi brutalmente interrompida e, na sua condição de presidente da mesa, desrespeitada pelo tumulto causado, de forma deliberada, pelos deputados Delegado Waldir e Delegado Éder Mauro. O cerceamento ao debate respeitoso deu-se, então, tanto aos estudantes, que tiveram sua voz cassada por aqueles que deveriam representar o povo, quanto a condução dos trabalhos feita pela deputada Marcivania, que se viu obrigada a suspender a reunião em função da confusão criada no plenário 2 da Câmara, onde ocorria a referia Audiência Pública.
Somado a isso, a confusão criou proporções ainda maiores devido à ação despreparada da Polícia Legislativa da Casa que, de forma truculenta e violenta, ousou retirar os representantes estudantis do plenário na marra, ação que só não obteve êxito em função do cordão de isolamento feito pelos deputados da oposição presentes na Audiência.
É estarrecedor os tempos por quais passamos todos/as no Brasil! Não é admissível que em uma audiência pública, realizada para ouvir o Ministro da Educação do país, não se permita conceder a palavra aos representantes estudantis. Repudiamos a ação dos dois delegados que, ainda não imbuídos do papel que cumprem no Parlamento, precisam muito exercitar o espírito democrático de saber ouvir o contraditório.
Brasília, 22 de maio de 2019
Direção Executiva da CNTE