Escrito por: CNTE

MS: FETEMS comenta Censo Escolar que coloca MS em 5° lugar no ranking de professores contratados

Dados divulgados nesta quarta-feira (8), pelo site de notícias UOL, dão conta que o Estado de Mato Grosso do Sul ocupa a quinta posição em número de professores contratados em relação ao de concursados. O Espírito Santo é o Estado com a maior proporção, 71% e o Rio de Janeiro, a menor com 3,5%.De acordo com a estimativa realizada através do Censo Escolar de 2012, em Mato G...

Dados divulgados nesta quarta-feira (8), pelo site de notícias UOL, dão conta que o Estado de Mato Grosso do Sul ocupa a quinta posição em número de professores contratados em relação ao de concursados. O Espírito Santo é o Estado com a maior proporção, 71% e o Rio de Janeiro, a menor com 3,5%.

De acordo com a estimativa realizada através do Censo Escolar de 2012, em Mato Grosso do Sul, 60,1% da Rede Pública de Ensino no Estado, formada por 360 unidades escolares é constituída por professores que não possuem contratos efetivos.

Para o presidente da FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Magno Botareli Cesar, as informações compiladas podem apresentar duplicidade, pois a pesquisa considera os tipos de contrato diferentes por professor e por rede. "Isso significa que um mesmo professor pode ter mais de uma contratação: por exemplo, pode ser concursado em uma rede estadual e temporário em uma municipal", afirma.

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Roberto disse que a FETEMS apurou que no ano de 2012, dos 19,4 mil professores da Rede Pública Estadual, aproximadamente 45% do quadro era formada por convocados. Botareli enfatiza que o número de professores temporários é elevado. "Tanto que reivindicamos junto ao governo concurso público, realizado no domingo (5 de maio), com a posse prevista para ocorrer no mês de agosto. São 1.200 novos professores. Ainda não supre a necessidade, mas já diminui essa proporção, muito alta atualmente", ressalta.

A FETEMS sempre defendeu a presença de professores concursados nas unidades escolares. "Defendemos o concurso público primeiramente porque isso garante ao trabalhador em educação uma carreira mais digna, segundo porque o recurso gasto com um professor efetivo em diversos setores, como a capacitação continuada, significa investimento, já que ele vai ficar muito tempo na Rede. Esse recurso pode se perder quando o professor deixa a Rede Pública, como é o caso dos convocados, fato que gera um impacto direto na qualidade da educação", destacou.

Convocações

A convocação de professores é feita no caso de substituição ao diretor e diretor-adjunto das unidades escolares, contratados em projetos, na função de coordenador por área, coordenadores pedagógicos, servidores em mandato classista e em substituição aos professores que se encontram em licença médica, além de contratos em vagas puras (professores que se aposentam ou falecem).

"O Governo deveria fazer mais concursos públicos. Defendemos a presença de concursados na função de coordenador pedagógico e nos cargos dos projetos educacionais", disse o presidente da FETEMS.

Outra preocupação destacada por Roberto Botareli é o grande número de servidores que devem deixar o serviço público nos próximos anos. "O Estado já está com 34 anos e existe a tendência natural de termos muitas aposentadorias em curto prazo, então é necessário mais concursos para o ingresso de professores efetivos", ressaltou.

(FETEMS 09/05/13)