Escrito por: CNTE
Entre os estados brasileiros, Mato Grosso do Sul se encontrava em terceiro lugar no Ranking Nacional, após reajuste do Piso Salarial Nacional, de 13,01%, do Ministério da Educação (MEC), no início de janeiro e das negociações referentes a implantação do piso por 20 horas, como determina o Plano Nacional de Educação (PNE), o estado caiu duas colocações e se encontra em quin...
Entre os estados brasileiros, Mato Grosso do Sul se encontrava em terceiro lugar no Ranking Nacional, após reajuste do Piso Salarial Nacional, de 13,01%, do Ministério da Educação (MEC), no início de janeiro e das negociações referentes a implantação do piso por 20 horas, como determina o Plano Nacional de Educação (PNE), o estado caiu duas colocações e se encontra em quinto lugar. A conclusão é de um levantamento feito pelo Jornal Zero Hora junto às Secretarias de Educação de todas as unidades da federação, divulgado no dia 25 no site da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) - veja aqui. Os dados das secretarias são contestados pela Confederação:
– O que vemos, na prática, são formas deturpadas de cumprir a lei. Os Estados dão o reajuste anual para os níveis iniciais para dizer que pagam o piso, mas não contemplam os demais níveis. Isso, para nós, não conta – afirma Marta Vanellim secretária geral da CNTE.
De acordo com o presidente da FETEMS, Roberto Magno Botareli Cesar, essa notícia é preocupante e mostra que ao invés de progredirmos MS caminha para o retrocesso. "Nós lutamos muito para que MS estivesse entre os primeiros no Ranking Nacional dos salários e essa notícia nos preocupa, pois mostra que estamos caindo e que a valorização profissional em MS sofreu retrocessos nessa última negociação e dois estados nos passaram", disse.
Roberto Botareli, disse ainda, que a divulgação deste Ranking acende mais um sinal vermelho na política de valorização dos professores da Rede Estadual de Ensino. "O Ranking nada mais é do que um parâmetro nacional da situação do piso no país, é para nos embasarmos e para nós descer dois degraus, sem dúvidas, acende um sinal vermelho, porque quer dizer que não fomos bem nas últimas negociações em relação a implantação do piso por 20 horas, prova disso é que culminamos numa greve", afirma.
O MAPA DO PISO
A secretarias de Educação dos Estados informaram os valores básicos pagos aos professores em início de carreira, para uma jornada semanal de 40 horas. Nos casos em que a jornada era inferior, o calculo foi o valor proporcional a 40 horas a fim de estabelecer um padrão de comparação. Em alguns Estados, os valores referem-se a professores com nível médio e, em outros, com graduação. Há Estados que estão extinguindo do quadro o profissional sem Ensino Superior o que não é correto e aceito pelo movimento sindical da educação, pois isso resulta no congelamento do reajuste salarial.
Greve
Desde a última quarta-feira (27) os trabalhadores em educação de Mato Grosso do Sul entraram em greve, por tempo indeterminado e um dos pontos, justamente, é o piso dos professores da Rede Estadual de Ensino, pelo cumprimento da Lei nº 4.464/2013, referente a implantação gradativa, em quatro anos, do piso salarial por 20 horas. O movimento grevista de MS também reivindica reajuste salarial para os administrativos da educação, pois o atual governador do estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), anunciou 0% para as mais diversas categorias de servidores.
Por conta deste cenário a FETEMS está chamando um grande ato público na capital, Campo Grande, nesta terça-feira, ás 9h30, com concentração em frente a Assembleia Legislativa.
(FETEMS, 01/06/2015)