Escrito por: CNTE
Leia matéria publicada no Jornal Mural da CNTE, especial do Dia Internacional contra a LGBTfobia
LGBTfobia é o preconceito, a discriminação ou a violência contra pessoas LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queer, intersexo, assexuais e outras identidades). Essa forma de preconceito pode aparecer em xingamentos e agressões; na exclusão de colegas, em piadas ofensivas ou ignorando a identidade de alguém. Nas escolas, isso pode acontecer quando um aluno é ridicularizado por gostar de alguém do mesmo sexo ou por não se encaixar em padrões de gênero considerados “tradicionais”.
O preconceito afeta o desempenho escolar, a saúde mental e a permanência de estudantes LGBTQIA+ na escola. Dados do Ministério da Educação mostram que, em 2021, apenas 25,5% das escolas tinham ações contra machismo e homofobia - o menor patamar em dez anos.
Desde 2019, o Supremo Tribunal Federal decidiu que atos de homofobia e transfobia contra indivíduos sejam enquadrados como crime de injúria racial. Esse tipo de discriminação é crime e pode levar à prisão.
Segundo Christovam Mendonça, doutor em Educação (UCP/RJ) e secretário de Direitos Humanos da CNTE, não existe democracia sem a diversidade. "A ditadura perseguiu, prendeu, torturou e matou os diferentes, porque na ditadura não existe diversidade. Defender a diversidade, seja de gênero, étnico-racial ou de orientação sexual, é defender a democracia", disse.
Para mudar essa realidade, é essencial promover o respeito nas escolas com debates, formação de professores, apoio psicológico e escuta ativa dos estudantes. O combate à LGBTfobia começa se colocando no lugar do outro, com educação para transformar a escola num espaço seguro, independente da orientação sexual e da expressão gênero.
Conquistas e direitos ao longo do tempo
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