Escrito por: CNTE

O reajuste do Piso Salarial dos professores é direito e, por isso, trabalhadores em educação do Maranhão lutam em greve

O Brasil inteiro está atento aos desdobramentos dessa greve honrada



Foto: Sinproesemma

Na última segunda-feira (06/03), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipais do Estado do Maranhão – SINPROESEMMA decretou a greve da categoria em todo o Estado. Tudo foi feito para evitar chegar a esse momento, mas o governo de Carlos Brandão (PSB) insiste na intransigência e parece se esforçar somente em querer subjugar os/as profissionais da educação básica pública do Estado que lhe conferiu a nobre delegação de governar sendo o seu maior mandatário político.

Mas é cobrado ao bom gestor público um mínimo de sensibilidade social para, diante do poder que exerce, evitar os prejuízos que a sociedade sofre agora com as escolas fechadas. O descumprimento do Governo do Estado do Maranhão em pagar o reajuste do piso salarial nacional do magistério fere uma lei federal que já tem sido cumprida por vários outros gestores estaduais. Mas agride, sobretudo, a comunidade educacional do Maranhão, de professores/as a estudantes, de funcionários/as da educação a pais e mães. Não é razoável um governador descumprir uma lei que vem para atender aos professores e professoras de sua rede estadual de ensino.

Desde o dia 27 de fevereiro, o sindicato vem alertando o governo estadual sobre a sua obrigação de honrar esse compromisso com os/as educadores/as maranhenses. A greve foi o último recurso a que esses/as profissionais puderam recorrer. A decisão draconiana do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, que acatou a Ação Civil Pública impetrada pelo Governo do Estado, impõe um ataque sem precedentes ao sindicato e a toda categoria. O setor jurídico do sindicato já recorreu da multa diária de 100 mil reais imposta contra o sindicato que representa a luta dos/as trabalhadores/as em educação do Estado. Esse valor, é bom que se diga nunca comprará a dignidade dos/as professores/as do Estado.

O Brasil inteiro está atento aos desdobramentos dessa greve honrada levada a cabo pelos/as educadores/as maranhenses e exigem uma solução do Governador Brandão e de seu vice-governador, também secretário de educação do Estado, Felipe Camarão (PT), para o cumprimento de uma lei federal, que assegura o reajuste do piso a esses/as profissionais de 14,95%. Nada abaixo disso irá contentar a categoria.

Brasília, 10 de março de 2023
Direção Executiva da CNTE