Escrito por: CNTE

Paralisações e atos públicos marcam Dia Nacional de Luta pelo Piso Salarial, Carreira e em defesa do Ensino Médio

Convocado pela CNTE, Dia Nacional de Luta  foi um chamado às entidades sindicais filiadas à Confederação. Trabalhadores/as em educação em todos os estados pediram mais valorização profissional e mais qualidade para o ensino público

Em todo o país, profissionais da educação se mobilizaram, nesta terça-feira, 19 de março, em defesa da valorização profissional de toda classe trabalhadora e por um ensino médio de qualidade. Entidades sindicais filiadas à CNTE, de norte a sul do Brasil, foram às ruas e utilizaram as redes sociais para manifestar as necessidades dos trabalhadores e para o ensino básico público.

“Devemos ampliar as nossas mobilizações em defesa dos nossos direitos e das condições adequadas de trabalho… Somente com pressão popular conquistaremos nossos direitos!”, reforça o presidente da CNTE, Heleno Araújo.

Região sudeste

No Espírito Santo, o Sindiupes concentrou esforços em atos de pressão pelas redes sociais. Reforçando as principais pautas defendidas pela CNTE, o sindicato cobra o pagamento do Piso do Magistério, a valorização profissional e da carreira.

No Rio de Janeiro, profissionais filiados ao Sepe-RJ se organizaram em ações na Câmara Municipal de Cachoeira de Macacu, e com debates em instituições de ensino das redes municipal e estadual. Na próxima quarta-feira (20), o sindicato organizará uma paralisação para debates sobre o Novo Ensino Médio (NEM) com os estudantes nas escolas. 

Apeoesp e Sinpeem, sindicatos de São Paulo, levaram os/as trabalhadores/as às ruas. Em Limeira, profissionais filiados à Apeoesp se mobilizaram em frente à prefeitura da cidade, em prol da campanha salarial e da valorização dos profissionais da classe educadora. 

Já o Sinpeem ocupou a frente da prefeitura de São Paulo. Na organização, trabalhadores/as protestam contra o reajuste salarial proposto pelo governo, que, segundo eles, passa longe de atender as necessidades da categoria. Mais tarde, a caminhada seguiu até a Câmara Municipal de São Paulo, para um ato de pressão ao legislativo.

Região sul

Na defesa da educação pública e dos/as trabalhadores/as, o Cpers -RS fez um tuitaço contra a gestão da educação do Governo  Eduardo Leite (PSDB). O ensino médio também esteve na pauta do sindicato, que se manifestou contra os substitutivos do dep. Federal, Mendonça Filho (União–PE) ao Projeto de Lei 5230/2023 sobre o Ensino Médio.

Junto ao Cpers, o Sinprosm organizou um ato no centro da cidade de Porto Alegre. Entre as pautas, a entidade reforçou a equiparação do primeiro nível do plano de carreira ao piso nacional da categoria; a contratação de estagiários e monitores suficientes; e a necessidade de concursos públicos.

No Paraná, o Sismmar convocou os trabalhadores para assembleia sobre questões voltadas para a campanha salarial do magistério.

Região nordeste

Na Bahia, os/as profissionais da educação entraram em paralisação por 72 horas. O movimento iniciou nesta terça-feira, com a manifestação dos trabalhadores filiados à APLB nas ruas. A ação buscou definir os próximos passos da campanha salarial. A paralisação segue até a próxima quinta-feira (21), com a realização da assembleia-geral da rede municipal.

Em Sergipe, o Sintese convocou todos os profissionais da educação para participarem da Marcha em Defesa da Educação e contra a privatização da companhia de saneamento do estado (Deso). A concentração iniciou às 7h da manhã em frente à sede da companhia, em Aracaju.

Na Paraíba, o Sintep-PB participou de audiência junto ao governador do estado, João Azevedo (PSB), para a apresentação de uma proposta favorável, por parte do governo, às demandas da categoria. Atualmente, os/as trabalhadores/as estão em greve, reivindicando a valorização da carreira e o reajuste do piso salarial. Segundo a entidade, caso o governo não apresente propostas positivas, as atividades poderão ser paralisadas por tempo indeterminado em todo o estado.

Nesta manhã, o Sinteal, de Alagoas, protocolou um ofício no palácio do governo, reiterando a solicitação de audiência pública com o governador Paulo Dantas (MDB), na busca da valorização dos profissionais e da educação pública como prioridades.

Em Pernambuco, o dia foi marcado pela paralisação dos profissionais da educação estadual, com ato em frente à Assembleia Legislativa (Alepe). Durante a caminhada promovida pelo Sintepe, os profissionais reivindicam questões sobre o ensino médio, o reajuste do piso salarial com repercussão na carreira e a convocação de aprovados em cadastros reserva do concurso público da educação.

O Sinproja mobilizou trabalhadores nas ruas, no Viaduto Geraldo Melo, em Prazeres, Bairro em Jaboatão dos Guararapes.

Em decorrência do feriado estadual no Ceará, a Apeoce fortaleceu as manifestações de forma virtual. O Sinte-PI, do Piauí, também concentrou a mobilização nas redes sociais, reivindicando um melhor piso e carreira para os trabalhadores, e na defesa do ensino médio público.

Na sede do Sinte-RN, no Rio Grande do Norte, foi realizada a primeira assembleia da categoria em 2024.

Região centro-oeste 

Profissionais da educação filiados ao Sinpro-DF foram convocados a participar da assembleia-geral, com paralisação, nesta quarta-feira (20), em prol da campanha salarial de 2024. A concentração foi em em frente à Fundação Nacional de Artes (Funarte), em Brasília.

 Região norte

Em Rondônia, a diretoria executiva do Sintero participou da assembleia-geral dos/as trabalhadores/as municipais de Porto Velho com a Secretária de Administração (Semad). Entretanto, segundo compartilhou nas redes sociais, por conta da falta de propostas do executivo para a classe de trabalhadores em educação, não foi possível permanecer na reunião.