Escrito por: CNTE
O segundo semestre de 2025 está em curso e já começam a suscitar expectativas e especulações sobre o percentual de atualização do piso do magistério para o ano seguinte.
Por se tratar de uma política estratégica para a valorização de cerca de 3 milhões de docentes da educação básica pública, entre ativos e aposentados, com impactos nos orçamentos estaduais, distrital e municipais e na qualidade do ensino público do país, é fundamental que o piso do magistério se mantenha no centro do debate da educação brasileira, sobretudo porque o país ainda está relativamente longe de equiparar a remuneração média dos professores de nível básico, com formação em nível superior, com outras categorias de profissionais graduados, conforme dispõe a meta 17 do Plano Nacional de Educação.
Outro parâmetro importante para a equivalência da remuneração docente nas escolas públicas do país consiste na pesquisa anual produzida pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico – OCDE, onde o Brasil há anos se situa na última colocação entre 46 países pesquisados. Também estamos abaixo da média da OCDE em relação ao investimento por estudante (per capita), o que reforça a necessidade de investirmos com urgência na regulamentação do Custo Aluno Qualidade, com destinação de 10% do PIB para a educação e sem travas fiscais para os investimentos na área.
Enquanto essas demandas continuam na pauta da sociedade, e algumas delas no parlamento, especialmente nos projetos que versam sobre o Plano Decenal e o Sistema Nacional de Educação, a CNTE e suas afiliadas continuam defendendo o piso do magistério no Judiciário (contra as ações de Governadores e Prefeitos) e atuando em diversas frentes para fortalecer essa política pública. Também estamos empenhados em aprovar o piso para os Funcionários da Educação, por meio do PL 2.531/2021.
Especificamente sobre o piso do magistério, duas considerações de momento e que tendem a impactar a vigência no próximo ano:
A CNTE tem feito gestão junto ao Fórum do Piso para acelerar a construção definitiva de uma proposta que atenda aos anseios e necessidades dos/as professores/as, assim como pretende estabelecer um grupo de trabalho paritário no MEC para debater o PL 2.531/21, à luz das emendas da CNTE que têm sido reiteradamente rejeitadas pelo parlamento, podendo criar empecilhos à regulamentação definitiva do piso para os Funcionários da Educação.