Escrito por: CNTE
O início da greve dos trabalhadores da rede estadual da educação do Piauí foi marcada pela greve geral da classe trabalhadora nesse dia 14 de junho. O movimento grevista foi deflagrado dia 23 de maio em assembleia da categoria e seguirá por tempo indeterminado ou até que o governo do Estado cumpra a pauta de reivindicações da educação.Os trabalhadores em educação reivind...
O início da greve dos trabalhadores da rede estadual da educação do Piauí foi marcada pela greve geral da classe trabalhadora nesse dia 14 de junho. O movimento grevista foi deflagrado dia 23 de maio em assembleia da categoria e seguirá por tempo indeterminado ou até que o governo do Estado cumpra a pauta de reivindicações da educação.
Os trabalhadores em educação reivindicam:
- Reajuste salarial de 4,17% para professores e funcionários (ativos, aposentados e pensionistas);
- Mudanças de classe e de nível, paradas há 2 anos;
- Deferimento das aposentadorias, paradas há 4 anos;
- Reenquadramento dos técnicos;
- Infraestrutura das escolas; Transporte e merenda escolar;
- Contra a ADPF nº 573, do governo do Estado.
A concentração dos trabalhadores em educação aconteceu em frente ao Palácio de Karnak e reuniu professores, funcionários de escolas, ativos e aposentados, além de estudantes de Teresina e outras cidades. Estiveram presentes caravanas dos Núcleos Regionais do Sinte de: Água Branca, Altos, Campo Maior, Canto do Buriti, Demerval Lobão, Esperantina, Floriano, Jaicós, José de Freitas, Luzilândia, Picos, Pio IX, Piracuruca, Piripiri, Regeneração, São Raimundo Nonato e União, além de Teresina. Além das pautas de reivindicação dos servidores da educação, muitas denuncias foram reforçadas por professores e estudantes durante o ato.
A estudante Gisélia Arrais, é aluna do 3º ano do ensino médio na Unidade Escolar Nossa Senhora do Patrocínio, na cidade de Pio IX, e denunciou o descaso do governo com as escolas daquela cidade, e criticou a portaria da Seduc que amplia para 45 a quantidade de alunos por turma. Ela disse que “Nossas salas são pequenas e sem estrutura adequada para o número de alunos, com essa superlotação a situação está preocupante para os professores e alunos, pois está prejudicando e muito nosso aprendizado”, desabafou a estudante.
Em Esperantina a situação não é diferente, os estudantes procuraram o Sinte para denunciar as péssimas condições a que os alunos estão sendo submetidos. “Salas de aulas cheias de infiltrações e mofo, ar condicionado quebrado, um ventilador funcionando por sala, goteiras, salas de aula escuras com lâmpadas insuficientes e janelas que não abrem, esses são exemplos de algumas situações encontradas em uma única escola. É lamentável que um governador não tenha respeito pela educação pública.”, desabafou Odisseia Brejal, diretora do Sinte-Esperantina.
ASSEMBLEIA
Nova assembleia da categoria está agendada para dia 25 de junho, às 9h no Clube Social do Sinte-PI, (Rua Manoel Domingos, 2520, Marquês). Na pauta a categoria vai avaliar o movimento grevista e outros assuntos relacionados à educação.
REFORMA DA PREVIDÊNCIA
A reforma da Previdência e os cortes na educação pública também são pautas dos trabalhadores em educação e do Sinte-PI. Os trabalhadores em educação, em especial as professoras serão fortemente penalizadas com a tal reforma, sem contar com os cortes na educação que atingem também a educação básica, desde a creche até o ensino médio.
Na avaliação da presidente do Sinte-PI, professora Paulina Almeida, o movimento foi muito positivo. “O movimento foi grandioso, maior ainda que do dia 30 de maio, quando fomos às ruas defender a educação pública. A classe trabalhadora mostrou que está disposta a lutar em defesa da nossa aposentadoria. E não vamos ficar quietos deixando que mexam em nossos direitos sem lutar!”, enfatizou Paulina.
(Sinte-PI, 17/06/2019)