Escrito por: CNTE e CONFETAM

PL 2.531/2021 - PISO DOS FUNCIONÁRIOS DA EDUCAÇÃO

CNTE e CONFETAM vão ao Ministério da Educação requerer apoio ao projeto de lei

Divulgação

As duas maiores entidades sindicais que representam os Funcionários da Educação Pública no país estiveram reunidas nesta quinta-feira (7) com o Secretário-Executivo do MEC, Sr. Leonardo Barchini, para tratar de ajustes ao PL 2.531/2021, que tramita na Câmara dos Deputados com o objetivo de regulamentar o piso salarial nacional dos profissionais da educação “não-docentes”.

A CNTE e a CONFETAM lutam juntas pela regulamentação do piso para os funcionários escolares administrativos, porém sabem que o PL 2.531/2021 possui pendências que precisam ser superadas durante o processo parlamentar, sob pena de inviabilizar essa importante política pública.

Entre as demandas apresentadas pelas duas Confederações ao MEC, estão a necessidade de envio de projeto de lei do Executivo Federal para tramitar apensado ao PL 2.531/2021, evitando futuros questionamentos sobre o vício de origem da proposta parlamentar, bem como a previsão de receitas suficientes para financiar o novo piso, à luz do que determina a Emenda Constitucional nº 128/2022, que proíbe a imposição e a transferência, por lei, de qualquer encargo financeiro decorrente da prestação de serviço público para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

Outra pauta apresentada ao MEC, e que dialoga com o PL 2.531/2021, refere-se ao Programa de Formação Inicial em Serviço dos Profissionais da Educação Básica dos Sistemas de Ensino Público – Profuncionário. O Ministério está em fase de reestruturação do Profuncionário – indispensável para a habilitação mínima da categoria ao piso –, devendo o Programa voltar a ser ofertado nos próximos meses.

Através de seu Secretário-Executivo, o MEC também se comprometeu em aprofundar os estudos sobre a viabilidade financeira do piso salarial dos Funcionários e propôs contratar em caráter de urgência uma equipe técnica para analisar os dados necessários. A CNTE e a CONFETAM devem indicar e coordenar em parceria com o MEC esse trabalho técnico a partir das próximas semanas.

Paralelamente à luta pelo piso dos Funcionários, a CNTE e a CONFETAM acompanharão as discussões sobre o ajuste fiscal que o Congresso Nacional tenta impor ao Governo Lula, a fim de evitar alterações no piso constitucional da educação (arts. 212 e 212-A da Constituição Federal) e outros possíveis cortes de verbas que possam prejudicar a qualidade da educação e a valorização de seus profissionais.

Lutamos pela aplicação de 10% do Produto Interno Bruto - PIB para a educação pública, pela regulamentação do Sistema Nacional de Educação, do Custo Aluno Qualidade e pela retomada dos investimentos do Pré-sal para a educação e outras políticas públicas.

Não aos cortes de gastos e por mais direitos sociais!

 

Brasília, 8 de novembro de 2024

 

    Heleno Araújo                                           Jucélia Vargas Vieira de Jesus

Presidente da CNTE                                        Presidente da CONFETAM