Escrito por: CNTE

Por mais dignidade, trabalhadores da educação ativos e aposentados marcham em Brasília

Após a mobilização, o presidente da CNTE, Heleno Araújo, participou da audiência pública em apoio à Marcha dos servidores públicos promovida na Câmara dos Deputados pela deputada Professora Luciene Cavalcante (Psol-SP) 

 

Unidos pela valorização profissional, pela defesa da educação e dos direitos da classe trabalhadora, milhares de servidores/as da educação básica de todo o país marcharam em Brasília, nesta quarta-feira (22), reivindicando “Dignidade para quem faz o estado”. Convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais, a Marcha da Classe Trabalhadora sustentou três eixos de luta: a revogação das reformas trabalhista e previdenciária e o fim da lei das terceirizações. 

“Marchamos pelos direitos da classe trabalhadora, por emprego, renda e uma vida digna para todas as pessoas. Marchamos em defesa dos serviços públicos, pois todos possuem direito à educação, à saúde e à segurança, e é por isso que estamos lutando”, reforçou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo.

“Marchamos pelo direito da educação pública básica e superior, um direito humano e social de cada cidadão e cidadã. E a nossa luta não foi só hoje. Nós marchamos todos os dias em defesa desses direitos e continuaremos, contamos com todos nessa luta”, ele completa.

A concentração iniciou às 8h da manhã, no estacionamento da Fundação Nacional de Artes (Funarte), onde aconteceu a plenária organizada pelos trabalhadores/as com representantes do governo federal. Entre eles, participaram o chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a ministra em exercício do Ministério das Mulheres, Maria Helena Guarezi, e a senadora Teresa Leitão (PT/PE). 

Próximo ao fim da manhã, a caminhada partiu, movimentando a esplanada dos ministérios rumo ao gramado em frente ao Congresso Nacional. 

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Aposentados na luta

Dentro do bloco dos/as trabalhadores/as da educação, servidores aposentados dos sindicatos estaduais e municipais filiados à CNTE também endossaram os protestos por uma aposentadoria e vida digna para quem não está mais no chão das escolas.

“Estamos marchando contra o confisco dos aposentados, um grande prejuízo imposto aos trabalhadores aposentados dos municípios e estados por meio da reforma da previdência, e nós queremos a revogação desta reforma”, reforçou o secretário dos aposentados e assuntos previdenciários, Sérgio Kumpfer.

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Fortalecendo a luta dos professores aposentados do estado do Piauí, Benedita da Silva Guimarães, professora aposentada e representante do Sinte-PI, apontou os danos que os trabalhadores/as têm aguentado por conta dos confiscos previdenciários.

“Viemos defender os direitos dos aposentados do nosso estado. Estamos sendo massacrados com os descontos nos nossos contracheques. A cotação é muito alta e nós aposentados não estamos tendo condições de arcar. Por isso, viemos marchar, e mostrar para o governo do estado a situação dos aposentados do Piauí, reivindicando a revisão desse desconto que está sendo feito”, disse.

Educação pública e de qualidade

Fátima Silva, secretária Geral da CNTE, destacou ainda a luta dos trabalhadores/as da educação pela aprovação do piso para os funcionários das escolas, além da aprovação do projeto que guiará a educação do próximo decênio.

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“Tivemos uma forte representação dos professores aposentados, e de quem constroi a educação com dignidade nesse país. Nós queremos a aprovação do piso salarial profissional dos demais profissionais da educação, lutamos pela aprovação do novo Plano Nacional de Educação e por mais investimentos na educação pública brasileira”, frisou.

Congresso Nacional

Após a mobilização, o presidente da CNTE participou da audiência pública em apoio à Marcha dos servidores públicos promovida na Câmara dos Deputados pela deputada Professora Luciene Cavalcante (Psol-SP). Na ocasião, Heleno reforçou a continuidade das lutas dos trabalhadores para além do dia 22 de maio, em todos os territórios do país.

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“Vamos continuar entregando a pauta da classe trabalhadora, dos serviços públicos e da educação pública em cada estado e município desse país, até que todas as pessoas tenham acesso aos serviços públicos com qualidade social e as políticas públicas garantidas a cada cidadão e cidadã.” reiterou.

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