O campo de guerra visto hoje no Rio de Janeiro não poupa mais ninguém: escolas e profissionais de educação atingidos pela violência campal de rifles e fuzis não pode ser normalizado!
Tomaz Silva/Agência Brasil
Os/as educadores/as de todo o Brasil repudiam a violência vista hoje na cidade do Rio de Janeiro que, em uma sequência absurda de erros sucessivos das forças de segurança da cidade, transformaram as escolas em campos abertos para uma crise que não tem fim, deixando as escolas e os profissionais de educação do município reféns dos tiros, balas e fuzis. O tiroteio travado hoje entre as forças de segurança da cidade, o tráfico de drogas e as milícias instaladas nos bairros da cidade extravasaram tudo o que pode e deve ser permitido para um mínimo de civilidade social: professores/as, funcionários/as da educação e estudantes ficaram presos na Cidade de Deus, bairro da Zona Oeste da cidade, em meio a uma operação policial em pleno horário escolar. Em Santa Tereza, um bairro do centro da cidade, muito frequentado por turistas, uma escola foi atingida por tiro de fuzil! O clima de guerra visto hoje na Cidade Maravilhosa não poupou crianças nem adolescentes. Atingiu os profissionais de educação da cidade e tampouco eximiu as escolas, templo sagrado de uma sociedade minimamente civilizada. Estudantes retirados às pressas de suas salas de aula, que deveriam ser os ambientes mais protegidos e blindados de toda e qualquer violência, marcaram esse dia trágico! O choro de crianças e adolescentes foi a trilha sonora dessa página infeliz da história da cidade. Os/as educadores/as de todo o Brasil repudiam a violência vivenciada hoje pelos cariocas residentes da cidade do Rio de Janeiro. Nos solidarizamos com os estudantes, comunidade escolar e todos/as os/as profissionais de educação das redes de ensino estadual e municipal da cidade! Que essa tragédia no dia de hoje nunca seja normalizada! E que as forças de segurança e o governo da cidade tenham critérios para realizar as operações policiais, poupando os cidadãos e cidadãs de tanta violência. Brasília, 19 de maio de 2025Direção Executiva da CNTE