Escrito por: CNTE

Prefeito de Florianópolis tenta criminalizar greve de servidores municipais e incorre em perigosa prática antissindical

 

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, entidade representativa de mais de 4 milhões de profissionais que atuam nas escolas públicas de todo país, vem a público manifestar seu apoio a legítima greve deflagrada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Florianópolis – Sintrasem e pelos servidores da Companhia de Melhoramentos da Capital – Comcap, responsáveis pela limpeza urbana.

Os servidores públicos de Florianópolis cobram valorização profissional, recomposição do plano de cargos, carreiras e salários, mais investimentos nas políticas públicas – inclusive na educação – e o fim das terceirizações. Trata-se de pautas legítimas e necessárias para a boa prestação dos serviços públicos à população florianopolina e que contam com o apoio dos trabalhadores em educação do Brasil.

Em meio à greve, no dia 12 de março, um caminhão de lixo de empresa terceirizada pegou fogo em Jurerê Internacional, levando o Prefeito Topázio Neto e a Polícia Civil a imputarem a autoria de um eventual crime a alguns dirigentes do Sintrasem. Contudo, a preciptação das acusações revela uma estratégia antissindical para criminalizar a greve dos servidores municipais, a qual precisa ser profundamente analisada pelos órgãos públicos competentes para se evitar maiores injustiças.

A CNTE reitera seu apoio à greve do Sintrasem e dos servidores da Comcap, ao mesmo tempo em que exige apuração isenta e célere sobre os fatos que envolvem o incêndio do veículo da coleta de lixo em Florianópolis. O mesmo deve se proceder com as acusações da Prefeitura e da Polícia Civil contra membros do Sintrasem, buscando elucidar todos os fatos.

O Estado democrático de direito exige permanente vigilância contra ações policialescas e de perseguições a dirigentes sindicais, devendo, em se comprovando as falsas acusasões, ser punidos todos os envolvidos. 

 

Brasília, 19 de março de 2024

Diretoria da CNTE