Escrito por: CNTE

Repúdio ao tratamento cruel do Governo de Santa Catarina e SEED contra professores

Educadores brasileiros repudiam o tratamento impiedoso e cruel que o Governo do Estado de Santa Catarina e sua Secretaria de Educação impõem aos seus professores

Secretaria de Estado da Administração de SC

O Estado de Santa Catarina, sob a gestão do atual Governador Jorginho Mello (PL), tem sido marcado por sucessivas agressões aos/às profissionais da educação de sua rede de ensino estadual. Sob a coordenação de Aristides Cimadon, secretário de educação indicado e mantido pelo Governador Jorginho, o órgão central de elaboração e implementação das políticas públicas educacionais do Estado elege os/as professores/as e funcionários/as da educação como verdadeiros/as inimigos/as a serem perseguidos/as e atacados/as.

Se não bastassem os últimos e recorrentes casos de denúncias contra esses/as profissionais, no exercício legal de suas atribuições públicas, sendo censurados e acossados dentro de salas de aula, a crueldade da vez agora se volta contra uma professora de ACT (Admitida em Contrato Temporário) da rede estadual, lotada em uma escola de Lages: com sua filha de 4 anos hospitalizado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital da cidade, a professora e mãe da criança que vem a acompanhando, teve seu vínculo de trabalho encerrado com a rede de ensino estadual. Perdeu seu emprego por zelar por sua filha!

Trata-se de uma crueldade sem precedentes no Brasil. O caso, que vem sendo acompanhado pela assessoria jurídica do SINTE/SC (Sindicato do Trabalhadores em Educação da Rede Pública de Ensino do Estado de Santa Catarina), de modo a tentar resolver essa questão ainda de forma administrativa, não pode ter como resultado final a barbárie proposta pela atual gestão do secretário Aristides que, sabemos bem, segue as ordens de Jorginho Mello.

Uma boa educação, todos/as sabemos, só pode ser bem feita se as virtudes do amor e acolhimento aos/às professores/as, funcionários/as, estudantes e comunidade escolar em geral, forem uma prática geral e uma política de gestão das nossas redes públicas de ensino. Não se faz educação boa sem a valorização de seus/uas profissionais. Toda solidariedade à professora e mãe que, vítima de mais essa crueldade imposta pelo Governo do Estado de Santa Catarina à educação do povo catarinense, não pode se deixar sucumbir diante de tamanha violência! Desde Brasília, colocamo-nos à disposição do SINTE para, caso seja necessário, recorrer aos tribunais superiores de nosso país a favor do direito e dever de uma mãe que, também professora, deve sempre cuidar de qualquer ente querido que venha a adoecer.

Brasília, 10 de outubro de 2024

Direção Executiva da CNTE