Escrito por: CNTE

Revista Mátria 2025 | Editorial

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Igina, Gabriela, Margarida, Andressa, Darlene, Edy, Sônia, Eunice, Lavini, Vitória, Samira, Viviane, Camila e Noêmia: elas têm muito a nos ensinar sobre o Brasil e as lutas da América Latina, a educação e o feminismo (do passado e do presente). Algumas já conhecemos muito bem: Eunice lutou contra o Estado pela dignidade da sua família e, agora, sua história reverbera aqui e no exterior, (re) contando os horrores da Ditadura para as novas gerações.

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Outras, temos o orgulho de apresentar ao grande público: os últimos cinco nomes da lista têm marcas guardadas em milhares de corações estudantis: professoras da rede pública que não se satisfazem em “apenas” garantir o ensino-aprendizagem. Lutam por melhores condições de trabalho e deixam legados para além do currículo.

Com Sônia Maria de Jesus, mulher preta e surda, resgatada em situação análoga à escravidão da casa de um desembargador, vemos a face de um país que insiste em permanecer atrasado e cruel. Já o trabalho de Lavini é exemplo (que torcemos para ser replicado) de um Brasil capaz de reverter problemas sociais por meio de uma rede de professores antirracistas.

E como é possível uma vítima de violência doméstica ser apresentada com sorriso largo e braço em punho? Sim, Igina é a imagem que representa mulheres que conseguem resistir ao medo, dominando-o, mesmo que ele ainda fale tão alto.

Na política, saiba quem são as mulheres que suplantaram o machismo em cidades do interior e foram eleitas para cargos públicos para prefeituras e câmara municipal, no ano em que, pela primeira vez, candidatos puderam declarar suas orientações sexuais e identidades de gênero à justiça eleitoral. E nos negócios, a costureira e artesã Margarida que empreendeu sem o apoio da família.

Enquanto alguns líderes mundiais insistem em sinalizar retrocessos e tentam minar movimentos e instituições em defesa dos Direitos Humanos, nós, representantes da classe trabalhadora da educação pública, continuaremos acreditando e, principalmente, atuando, na defesa da Justiça, da democraciae da pluralidade (a pesquisadora Gabriela Bonilla analisa as tendências na América Latina e o papel dos sindicatos na defesa da educação pública).

Que as protagonistas da Revista Mátria 2025 façam florescer em nós a coragem e a sensibilidade necessárias para enfrentarmos, juntos/as, aqueles que tentam desqualificar a luta pela igualdade de gênero.

Boa leitura!

Diretoria Executiva da CNTE

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