Escrito por: CNTE
Estudo encomendado pelo Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria ao professor Ricardo Rondinel, economista Professor do Departamento de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Maria, comprova o que a gôndola dos supermercados já demonstrava: o valor do auxílio alimentação pago pela Prefeitura Municipal ao seus funcionários se esvai a...
Estudo encomendado pelo Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria ao professor Ricardo Rondinel, economista Professor do Departamento de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Maria, comprova o que a gôndola dos supermercados já demonstrava: o valor do auxílio alimentação pago pela Prefeitura Municipal ao seus funcionários se esvai a cada dia.
O último reajuste no benefício aconteceu em junho de 2014, retroativo a março do mesmo ano, ainda no governo de Cézar Schirmer. Nos últimos oito anos, seis dos quais sob gestão de Jorge Pozzobom, nem um real foi acrescentado. Com isso, a perda real, segundo a análise do professor Rondinel, chega a 47,5%. Considerando a variação dos preços dos alimentos nos domicílios calculados pelo INPC (índice Nacional de Preços ao Consumidor, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), para retomar o poder de compra daquela data, o valor deveria ser de R$ 642,05, representando um reajuste de 113,25%. O auxílio alimentação atualmente recebido está em R$ 301,08.
Ao Sinprosm, Pozzobom garantiu que haveria reajuste no auxílio alimentação em um futuro próximo. Em 3 de junho, sob questionamento dos coordenadores sindicais, deu um prazo para que o índice do reajuste fosse apresentado. “A data era julho. Já estamos na segunda semana de agosto e não temos nenhuma posição do prefeito ou de alguém do governo. Enquanto isso, os preços só sobem. O auxílio hoje paga 10 reais por dia, uma vergonha”, lembra a coordenadora de Organização e Patrimônio, Juliana Moreira.
A situação, entende o coordenador de Comunicação e Formação Sindical do Sinprosm, Rafael Torres, demonstra o perfil do governo do prefeito Jorge Pozzobom na relação com o servidor, e principalmente, com os professores. “Além de não cumprir a Lei do Piso no salário e na hora-atividade, simplesmente ignora essa perda imensa a todos os servidores. Esse dinheiro vai para a cidade, nos mercados e comércio local. São oito anos, não existe explicação razoável para esse absurdo”, destaca.
(Sinprosm, 8/08/2022)