Escrito por: CNTE

Servidores reforçam mobilização e unidade contra ataques ao serviço público

Com mobilizações, movimento sindical se prepara para um enfrentamento firme contra a reforma administrativa

Condsef-Reprodução/DR

Enquanto o grupo de trabalho (GT) da reforma administrativa avança na Câmara dos Deputados, entidades que representam servidores públicos federais, estaduais e municipais intensificam a mobilização contra a ameaça de desmonte do serviço público. A movimentação foi articulada em plenária virtual realizada na última quinta-feira (19), com a participação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). 

O objetivo é resistir à tentativa de retomar a reforma administrativa por meio de diferentes proposições - como PEC, PLP e PL - com possível apresentação já em julho. A próxima reunião das entidades está marcada para esta segunda-feira (23), quando será aprovado um calendário ampliado de mobilizações. Entre as ações já previstas estão mais um ato virtual no dia 1º de julho e um seminário nacional no dia 8, no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados.

Sergio Antônio Kupler, secretário de Aposentados e Assuntos Previdenciários da CNTE, defendeu a articulação do movimento sindical em diversas frentes e destacou a importância da mobilização popular diante do cenário político.

"Vamos organizar o movimento sindical para mobilizações na base, na sociedade e no Congresso". O objetivo é "evitar que o Congresso, majoritariamente alinhado com as demandas do mercado e as vozes da privatização, legisle pela desconstituição das funções públicas, ferindo direitos dos servidores públicos e deixando as classes trabalhadoras sem serviços públicos de qualidade", afirmou.

Sergio Kupler completou que o Brasil “precisa dos serviços públicos para garantir direitos fundamentais para a maioria da população".

Os participantes alertaram que a proposta em discussão no Congresso não se limita a cortes de direitos dos servidores, mas representa um risco ao acesso da população a políticas públicas essenciais.

Para os dirigentes, enfrentar o discurso de que o serviço público “não presta” é prioridade. Essa desconstrução deve ser feita com base em diálogo com a sociedade, comunicação estratégica e ações nas ruas.