Escrito por: SINTET-TO
Educadores relatam atrasos em pagamentos, não cumprimento do piso salarial e remoções arbitrárias
Professores da rede municipal de educação de Praia Norte (TO), na região do Bico do Papagaio, denunciam estar sofrendo perseguição política por parte da gestão da prefeita Bruna do Ho Che Min (PSD). Segundo relatos, aproximadamente 50 profissionais têm sido alvo de retaliações por não terem votado na atual administração nas eleições de 2024.
Uma das principais denúncias refere-se ao não pagamento do 13º salário de 2024 para diversos professores, além de pendências referentes aos anos de 2022 e 2023. Além disso, os docentes afirmam que o piso salarial da categoria deixou de ser reajustado desde 2022, descumprindo a legislação vigente. Atualmente, os professores recebem R$ 3.459,32, valor inferior ao piso nacional do magistério estipulado para 2025, que é de R$ 4.867,77. Isso representa uma perda de R$ 1.408,45 mensais para cada profissional.
A insatisfação da categoria aumentou no início do ano letivo, quando professores receberam ordens de remoção para outras escolas sob a justificativa de baixa quantidade de alunos. No entanto, os educadores alegam que a medida teve caráter político, pois os profissionais afetados foram justamente aqueles que não votaram na atual prefeita.
Entre os casos relatados, há professores com graves problemas de saúde que foram removidos sem critérios claros. Outros dois docentes permanecem afastados de seus cargos há mais de dois anos por questões médicas, mas a Secretaria de Educação adota posturas distintas para cada caso, o que levanta questionamentos sobre imparcialidade e direitos democráticos.
Sindicato busca solução judicial
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), por meio da regional de Augustinópolis, tem buscado diálogo com a gestão municipal para negociar os direitos atrasados. Algumas demandas já foram judicializadas, mas os profissionais relatam desânimo com a demora na resolução dos problemas.
A categoria segue mobilizada e espera uma resposta da administração municipal para garantir seus direitos. Até o momento, a Prefeitura de Praia Norte não se manifestou sobre as denúncias.