Escrito por: CNTE

Solidariedade aos trabalhadores em educação de Sergipe e ao SINTESE

Governo de Sergipe

No dia de hoje (12/11), os trabalhadores e trabalhadoras da rede de ensino estadual de Sergipe fazem uma paralisação de suas atividades profissionais para, em diálogo com a sociedade e com toda a comunidade escolar, denunciar o autoritarismo do governo estadual comandado pelo Governador Fábio Mitidieri (PSD). Com absoluto desprezo pela educação de seu povo, ainda assume a prática de perseguir de forma violenta os/as profissionais da educação.

Com o intuito de criminalizar a luta dos/as trabalhadores/as, o governo tem utilizado de liminares que são acatadas pelo Tribunal de Justiça. Trata-se de uma prática claramente antissindical que, sem titubeios, deve ser levada aos organismos internacionais aos quais temos acesso, em especial à Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A perseguição ao SINTESE, que se dá especialmente contra o seu presidente, professor Roberto Silva, fere de forma escandalosa os princípios do direito de organização e de negociação coletiva, insculpidos na Convenção nº 98 da OIT, ratificada pelo Brasil desde o ano de 1952. Também atinge em cheio o prescrito pela Convenção nº 151 da mesma OIT, que garante o exercício a negociação coletiva no âmbito do serviço público, ratificada da mesma forma que a anterior pelo Brasil em 2010.

O ato realizado no dia de hoje pelo SINTESE é um grito dos/as trabalhadores/as em educação do Estado para serem escutados. Não é possível que, cego à realidade, mais uma vez, o governo estadual não ouça a categoria, não apresente uma proposta razoável aos/às profissionais de ensino e, ainda mais, intensifique suas práticas antissindicais contra professores/as, por meio de um sistema draconiano de premiação e punição que se destina mais a excluir do que a ouvir. O chefe do Poder Executivo estadual chegou ao absurdo de pedir a abertura de inquérito policial contra o presidente do SINTESE.

Os/as educadores/as de todo o Brasil se somam em solidariedade aos/às profissionais de ensino do Estado e ao seu combativo sindicato, que nunca fugindo à luta e ao bom combate que sempre deve ser feito, comanda mais uma vez essa paralisação de sucesso. Essa solidariedade também se soma ao seu presidente Roberto Silva, que não deve se abalar com o assédio e à violência perpetrada contra si nesse difícil momento. A arma do/a trabalhador/a sempre foi a luta e a sua organização política e sindical. Dela não se pode abrir mão!  

Brasília, 12 de novembro de 2024

Direção Executiva da CNTE