Escrito por: CNTE
O dia 15 de abril de 2019 marcou o início da greve da Educação no Estado do Amazonas. Os/as trabalhadores/as em educação do Estado, representados pelo SINTEAM, deflagraram o movimento grevista da categoria com uma bonita marcha até a Praça da Matriz, no centro histórico de Manaus. A marcha, que ficou conhecida como Marcha das Sombrinhas, reuniu mais de mil trabalhadores e...
O dia 15 de abril de 2019 marcou o início da greve da Educação no Estado do Amazonas. Os/as trabalhadores/as em educação do Estado, representados pelo SINTEAM, deflagraram o movimento grevista da categoria com uma bonita marcha até a Praça da Matriz, no centro histórico de Manaus. A marcha, que ficou conhecida como Marcha das Sombrinhas, reuniu mais de mil trabalhadores e trabalhadoras da educação do Estado.
Os profissionais exigem 15% de reajuste salarial para, minimamente, repor as perdas do poder aquisitivo da categoria que já não conta com reajuste salarial a 4 anos. Se não bastasse isso, o governo também não promove a progressão horizontal da categoria na tabela salarial a dois anos e o auxílio localidade, instrumento de gestão da educação tão importante em um Estado em que as distâncias e dificuldades de acesso são grandes, está congelado a mais de 30 anos.
Mas o que chama mais atenção de tudo é a negativa do governo do Estado em receber o sindicato para negociar os termos para o atendimento do pleito da categoria. Pela primeira vez na história do SINTEAM, em mais de 40 anos de sua existência, o Amazonas tem um governo que se nega a sentar com os representantes legais da categoria. O governo do Estado deve ser lembrado que para manter boas práticas na gestão pública, é fundamental o exercício do diálogo social e a abertura da negociação coletiva.
Os/as trabalhadores/as em educação de todo o Brasil, portanto, se solidarizam com o movimento grevista dos/as professores/as e dos/as funcionários/as de escola do Estado e reivindicam a abertura das negociações com o governo. O impasse gerado pelos atuais gestores da rede de ensino estadual só se prestará a aumentar a pressão na categoria e impor prejuízo à população mais pobre do Estado. O papel do governo é dirimir conflitos e não estimulá-los. Estamos atentos aos desdobramentos dessa greve no Estado do Amazonas e nos colocamos à disposição para quaisquer eventuais auxílios jurídicos e políticos dessa questão.
Brasília, 16 de abril de 2019
Direção Executiva da CNTE