Escrito por: CNTE
O painel sobre Política Sindical abriu o segundo dia do 33º Congresso da CNTE, que ocorre até o próximo domingo (15), em Brasília. A luta por uma educação de qualidade, o desenvolvimento do país, a valorização e a união dos profissionais foram alguns dos pontos levantados na discussão.
A primeira a falar Janeslei Albuquerque, Secretária de Mobilização e Relação com Movimentos Sociais, da CUT-Brasil, disse que a agenda golpista está pautada na retirada de direitos dos trabalhadores. “Esse fato exige uma reflexão da esquerda. Precisamos retomar a unidade dos movimentos sindicais, para fortalecer nossa luta e esse é o nosso grande desafio”, ressaltou.
“Não podemos atacar o princípio da base sindical que é respeitar as diferenças e dialogar com todos, para juntos construirmos a unidade que nos torna fortes”, essa foi a avaliação da representante da CSP-Conlutas, Neida Oliveira.
Adilson Araújo, presidente nacional da CTB, afirmou que é simplista a leitura da conciliação de classe apenas quando ela é pautada em objetivos políticos. “É necessário a união dos movimentos, mas temos também o dever moral de fazer uma reflexão de onde erramos, para conquistar a mente e os corações do povo brasileiro tão sofrido e desacreditado. É preciso sonhar, mas observar com atenção a vida real, o tempo político mudou é necessário vigilância”.
O professor de história, Stênio Matheus, diretor da Intersindical, disse que não há socialismo sem democracia. “E essa democracia é algo muito difícil de se construir. Podemos encontrar pontos divergentes, mas temos que pautar a luta de classe em objetivos maiores e em favor de toda a sociedade”.
“Fomos derrotados no golpe porque a classe trabalhadora não foi unida, ao contrário de quem orquestrou a queda da presidenta Dilma, que uniu, o congresso, o judiciário e os meios de comunicação. Precisamos nos reorganizar e colocar os trabalhadores na rua novamente, como sempre fizemos”, avaliou a secretária nacional de políticas sociais e direitos humanos da CUT, Jandyra Uehara.
De acordo com João Felício, presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), o discurso ideológico entre socialismo e capitalismo não deve embasar as ações dos trabalhadores. “Temos que discutir temas concretos que atingem diretamente os trabalhadores, como reforma agrária, previdência, diretos das mulheres, etc. Felício concluiu elogiando a CNTE pela diversidade de entidades que compuseram a mesa de debates.
O Secretário de Política Sindical da CNTE, Rui Oliveira, finalizou agradecendo a todos os participantes pelos debates. “Temos certeza que vamos sair daqui com mais força e motivados a lutar”.