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Lançada na Paraíba a Frente Norte e Nordeste pela Educação

Publicado: 02 Maio, 2019 - 10h53

Escrito por: CNTE

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Foi lançada na Paraíba, na tarde desta sexta-feira, 26, no auditório do Colégio Damas em Campina Grande, a “Frente Norte e Nordeste pela Educação”, em defesa do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Representantes de diversas entidades sindicais e autoridades de vários estados das duas regiões, participaram do evento. O próximo compromisso da Frente será no dia 21 de maio, quando os integrantes se encontrarão na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, no Congresso Federal, para debater o novo Fundeb.

O Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e da Borborema (Sintab), coordenou o lançamento da Frente na Paraíba. A abertura oficial foi feita pelo presidente do sindicato, Giovanni Freire. Antes, houve apresentação especial do cantor e compositor Carlos Perê.

Além do presidente do Sintab, fizeram parte da mesa solene de abertura o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Educação do Estado do Ceará (Apeoc) e da Federação dos Trabalhadores em Educação do Nordeste (Fetene), Anizio Melo; Alessandro Carvalho, representando a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE); assim como o representante jurídico da entidade, Eduardo Ferreira; Noildo Gomes, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLPB); Elizabete Castelo Branco, presidente do Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação); Sophia Nogueira, representando o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp); João Ricardo Xavier, representante jurídico dos professores do Estado de Pernambuco; o estudante Mateus Lima, representando a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes); Soraya Cordeiro de Sousa, diretora de Formação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Paraíba (Sinteppb); a professora Iolanda Barbosa, secretária de Educação de Campina, representando na oportunidade a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o deputado federal cearense Idilvan Alencar, representando o governador do Ceará, Camilo Santana.

As duas palestras da tarde foram comandadas pelo presidente da Apeoc, Anízio Melo, e pelo representante jurídico da CNTE, Eduardo Ferreira. O primeiro destacou em sua fala que sem o Fundeb, os professores serão cada vez mais desvalorizados. “A gente vai retornar a um tempo quando a profissão de professor era apenas colocada como um bico. Nós estamos caminhando para isto, a perspectiva é não ter mais escola pública, é isso que a política desastrosa deste governo está plantando, para não ter nenhum tipo de veiculação de recurso, nem para educação, nem para saúde”, ressaltou.

Já o advogado Eduardo Ferreira, comentou que por trás da política macroeconômica do governo federal está um ataque frontal, sobretudo, ao Nordeste. “A região ainda concentra a oposição mais forte a este governo fascista, então nós temos que seguir firmes e atentos, com união, estando cientes do que está acontecendo”, disse.

Em defesa da educação Pública - Força, resistência e união

Houve espaço de fala para todos os representantes de entidades presentes no lançamento. Para o deputado Idilvan Alencar, o ataque à escola pública no Brasil é diário. “Por exemplo, este projeto de escola domiciliar é um absurdo. É a escola o espaço de aprendizado, insubstituível, de socialização, de integração, portanto este projeto não faz sentido, isso é um ataque frontal às escolas públicas deste país e é mais uma luta que precisamos travar”, criticou.

Representando a Undime, a Professora Iolanda Barbosa afirmou categoricamente que sem financiamento, não há escola pública de qualidade. “Educação é investimento, mas este investimento tem um valor contábil, é preciso haver receita para garantir que ele aconteça. O Fundeb hoje, considerando Norte e Nordeste, representa o grande financiador da educação pública. Não tem como se falar em educação se não forem garantidos minimamente os vencimentos dos profissionais do magistério”, completou.

O representante da CNTE por sua vez, Alessandro Alencar, reforçou a importância de motivar os professores e toda a classe trabalhadora do país. “Precisamos nos motivar, precisamos sair daqui como colaboradores desta Frente, cada um que esteja aqui tem que replicar a bandeira da educação. Nós precisamos de um novo Fundeb, que seja permanente e tenha mais aporte da União”, declarou.

Foi também neste sentido a fala da presidente do Sindeducação, Elizabete Castelo Branco. “É necessário que essa luta tome uma proporção bem maior do que a que desejamos e queremos. Este é um momento de luta, de coragem e nós precisamos mudar a educação neste país. Precisamos entender que o financiamento da educação é necessário”, ponderou.

O estudante Mateus Lima lembrou que vivemos tempos de retrocessos. “Estamos aqui para fortalecer esta lua, para dizer não à Lei da Mordaça e de todos os retrocessos que atingem a educação”. A palavra também foi lembrada pela professora Soraya Cordeiro de Sousa, diretora do Sinteppb. “Estamos vivendo um retrocesso, um desmonte de todos os nossos sonhos e tudo que se havia conquistado na educação. Nós precisamos discutir o Fundeb, diante de tantos absurdos que estamos ouvindo com esta nova administração presidencial. Estamos precisando de toda a união possível”, clamou.

A força do Norte e do Nordeste foi destaque na fala do professor Nelson Júnior, presidente da Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba (Aduepb): “É do Norte e do Nordeste que vai sair o fortalecimento desta luta, que vai derrotar todo este retrocesso que está atingindo o Brasil”.

Por fim, foi também pedindo união, força e resistência, que o presidente do Sintab, Giovanni Freire, convocou professores e população em geral, para a luta em defesa da Educação Pública.

“Não vamos deixar o protagonismo nas mãos daqueles que não vivem a realidade escolar. A união dos trabalhadores é mais importante do que tudo, para a construção de uma greve geral ampla de todos os trabalhadores, porque a educação é um direito e tem que ser garantida. A Frente agora segue seu caminho nos próximos estados, capitais e cidades do interior e nós continuaremos aqui também fortalecendo esta luta”, finalizou.