Moção de repúdio às ações antissindicais do governo do estado do Rio Grande do Sul
O Conselho Nacional de Entidades – CNE, instância deliberativa da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, que reuniu em Contagem/MG no dia 19 de novembro de 2017 mais de 100 representantes de suas entidades de base filiadas de todo o Brasil, torna público o seu REPÚDIO contra mais uma ação perpetrada pelo governo do Rio Grande do Sul contra o legítimo e...
Publicado: 20 Novembro, 2017 - 13h39
Escrito por: CNTE

O Conselho Nacional de Entidades – CNE, instância deliberativa da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, que reuniu em Contagem/MG no dia 19 de novembro de 2017 mais de 100 representantes de suas entidades de base filiadas de todo o Brasil, torna público o seu REPÚDIO contra mais uma ação perpetrada pelo governo do Rio Grande do Sul contra o legítimo e justo movimento dos/as trabalhadores/as em educação do Estado, em uma prática claramente antissindical e de ataque aos direitos de associação dos/as educadores/as.
Como se não bastasse a absoluta falta de condições para lidar com o movimento grevista, demonstrada pela ausência de negociação com a categoria e pela incapacidade da gestão em resolver as questões motivadoras da greve, de modo a atender os/as profissionais da educação do Estado, a Secretaria de Educação ainda pretende convocar trabalhadores/as aposentados/as para trabalhar voluntariamente no momento da greve. Em uma ação claramente orientada para coibir o legítimo movimento grevista da categoria, o Governo do Estado termina por impor à sociedade práticas antissindicais condenadas em todo o mundo pela Organização Internacional do Trabalho – OIT.
A intenção nefasta do governo ainda incorre em um erro crasso: o absoluto desconhecimento da categoria o faz imaginar que ações desse tipo possam ter alguma adesão dos/as companheiros/as aposentados/as. Esta categoria é composta por educadoras e educadores comprometidos com a educação de seu povo, e não por traidores de classe. O governo parece desconhecer que eles também são vítimas da mesma política imposta a toda sociedade rio-grandense, em que o desrespeito aos/às educadores/as é regra. Os/as trabalhadores/as aposentados também estão tendo o seu salário atrasado, parcelado e sem a reposição da inflação, que só neste governo alcança a expressiva marca de quase 22% de perda de seu poder aquisitivo.
Os/as trabalhadores/as em educação do Rio Grande do Sul querem respeito e solução de seus problemas! Não adianta fomentar divisão no movimento grevista que não obterão sucesso. Que o governo gaste suas energias na resolução do conflito posto e não em ações que ferem o direito sagrado à greve. Repudiamos essa postura e denunciaremos esta prática antissindical do governo aos organismos internacionais!
Brasília, 19 de novembro de 2017
Conselho Nacional de Entidades - CNE da CNTE