Moção de apoio à paralisação nacional docente contra a proposta de ajuste fiscal do governo Macri, preposto do Fundo Monetário...
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, entidade representativa dos profissionais do setor público da educação básica brasileira, torna público o seu mais irrestrito APOIO à paralisação nacional docente contra a proposta de ajuste fiscal que o governo do Presidente Macri, em acordo com o Fundo Monetário Internacional – FMI, encaminhou ao Congresso arg...
Publicado: 25 Outubro, 2018 - 16h44
Escrito por: CNTE

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, entidade representativa dos profissionais do setor público da educação básica brasileira, torna público o seu mais irrestrito APOIO à paralisação nacional docente contra a proposta de ajuste fiscal que o governo do Presidente Macri, em acordo com o Fundo Monetário Internacional – FMI, encaminhou ao Congresso argentino.
Sabemos todos que propostas de ajustes fiscais de governos neoliberais, em especial se tiverem sido construídos em parceria com o FMI, são propostas inimigas dos interesses do povo e dos trabalhadores. Sabemos disso desde ao menos a década de 1980, quando governos dessa natureza política assolaram a América Latina de entrega de nossos patrimônios nacionais e públicos, arrocho dos salários e muita violência para isso tudo sustentar. Ontem (24/10), a Paralisação Nacional Docente realizou uma grande manifestação contra essa proposta de ajuste que não atende à educação pública na Argentina. Ao contrário! A proposta do Governo Macri promove e fomenta a mercantilização e privatização da educação pública de seu país.
Saudamos a todos os trabalhadores da educação da Argentina pela brava manifestação ocorrida no dia de ontem, ao tempo em que também repudiamos a ação violente e truculenta das forças de segurança do país no trato com as manifestações sociais.
Conclamamos que o governo argentino tenha a dignidade de exercer o diálogo com as entidades sindicais e movimentos sociais envolvidos na questão. A violência não terá outro efeito se não a de gerar resistência e mais violência a essa proposta que não dialoga com o seu povo.
Ajustes fiscais não podem ocorrer sobre os cadáveres de educadores. Quando se pretende realizar alguma proposta de ajuste fiscal, esta não pode ser feita em detrimento dos salários e das condições de trabalhos dos trabalhadores em educação do país. Os/as trabalhadores/as em educação do Brasil se solidarizam com a luta em defesa ao direito da educação daqui do Brasil e de nosso país vizinho.
Brasília, 25 de outubro de 2018
Diretoria Executiva da CNTE