Educadores brasileiros se solidarizam com a deputada estadual de Minas Gerais Beatriz Cerqueira

É estarrecedor como a cultura política dos agentes públicos brasileiros é avessa a qualquer postura crítica diante de suas ações. Apresentando-se como adepto da nova política nas eleições de 2018, o governador mineiro Romeu Zema reproduz as mesmas velhas práticas de intimidação a qualquer um que ouse criticá-lo. Foi o que aconteceu com a Deputada Estadual Beatriz Cerqueira que, ao postar em sua conta pessoal da rede social Twitter críticas a uma fala do governador, recebeu de pronto um processo judicial exigindo a retirada de sua postagem e cobrando-lhe o pagamento de 20 mil reais por reparação de danos morais (!!!).

Ao intimidar uma das deputadas de oposição ao seu governo, a postura autoritária do governador é que enseja a reparação de danos morais a todo o povo mineiro. Uma das deputadas mais atuantes e combativas que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais conta nessa legislatura, Beatriz Cerqueira é uma educadora que, por sua atuação corajosa, enche de orgulho a quem nela votou para representar os interesses mais nobres naquela Casa. O intento do governador de tentar intimidá-la não prosperará.

A postura do governador Zema não apresenta nada de novo em sua prática política. Ao contrário, revela seu caráter autoritário que, junto com sua agenda privatista de governo, o transformará em um triste capítulo de nossa história. Sua aliança com a política de morte de Bolsonaro é sintomático de sua pequenez como homem público, agora escancarada por sua perseguição e tentativa de intimidação a deputada.

As educadoras e educadores de todo o Brasil se solidarizam com Bia Cerqueira e depositam em sua atuação parlamentar as mais otimistas esperanças de que dias melhores virão. Em uníssono, reverberamos que o “cala boca já morreu” e que essa postura persecutória do governador Zema, que mancha a sua própria historia política, não terá êxito.

Brasília, 18 de novembro de 2021

Direção Executiva da CNTE