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Encontro do Movimento Pedagógico Latino-americano se encerra e aponta para unidade total na luta pela educação pública no conti...

Mais de 500 participantes de 12 países definiram um plano de ação regional para defender a educação como direito

Publicado: 06 Dezembro, 2019 - 10h41

Escrito por: CNTE

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2019 12 06 joka internacional2019 12 06 joka internacional2019 12 06 movimento pedagogico lula2019 12 06 movimento pedagogico lula2019 12 06 movimento ped2019 12 06 movimento ped2019 12 06 mov pedagogico marielle2019 12 06 mov pedagogico marielle Terminou ontem, 5, em Curitiba-PR, o V Encontro do Movimento Pedagógico Latino-americano, realizado pela Internacional da Educação para a América Latina (IEAL), com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e o PROIFES (Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico). Desde o início do Encontro, os mais de 500 participantes vindos de 12 países, debateram a conjuntura política e definiram um plano de ação regional para defender a educação como direito. E foi assim que atividade culminou com a mensagem eloquente de unidade latino- americana.

Ação regional
O ato de encerramento começou com a apresentação do resultado dos debates dos grupos de trabalho que sugeriram as ações que devem pautar o Movimento até o próximo encontro em Recife, em 2021, quando se celebra o centenário de Paulo Freire. A unidade de ação deu o tom às apresentações sempre no sentido de fortalecer e ampliar o Movimento Pedagógico Latino-americano na luta em defesa da Educação pública.

Sueli Veiga, vice-Presidenta da FETEMS/MS e secretária-adjunta de formação da CUT (Central Única dos Trabalhadores), representou a CNTE e fez a relatoria falando pelo grupo das entidades brasileiras. As propostas foram feitas com atenção especial nas eleições do ano que vem para prefeitos e vereadores e a eleição majoritária em 2022. A unidade, formação de base e ações específicas de comunicação, disse, resumem a ideia do Brasil. “Precisamos articular uma frente ampla de esquerda junto com outros movimentos e atores que não estão nas nossas bases e participar amplamente dos processos políticos eleitorais. Precisamos incentivar a participação dos trabalhadores da educação em todos os processos: para prefeitos, vereadores, já preparando a eleição de 2022”.


Foto: Joka Madruga

Marielle vive

Em seguida, a professora Fátima Silva, Secretária Geral da CNTE e Vice-Presidenta da IEAL, fez sua fala lembrando que a luta pela justiça democrática representa o momento atual da Internacional da Educação (IE), e que o 8o Congresso Mundial da entidade, realizado em julho passado em Bangkok/Tailândia, foi um marco político desse momento. Nesse sentido, agradeceu aos companheiros e companheiras da Argentina a solidariedade durante a Campanha Lula Livre. Também conclamou a todos e todas a continuarem fazendo a denúncia e cobrando o término das investigações do caso Marielle Franco, vereadora no Rio de Janeiro, defensora dos Direitos Humanos e das minorias, assassinada em março de 2018. “Marielle representa cada um e cada uma de nós que dedicamos nossas vidas a lutar pelo que acreditamos, pela justiça social, pelos direitos humanos, pela direito a educação. Os culpados pela sua morte não podem ficar impunes, não nos calaremos diante das injustiças. Marielle vive”, concluiu.


Foto: Joka Madruga

Solidariedade nas lutas

Ela apresentou o Secretário Geral da IE, David Edwards, que fez uma fala emocionada sobre a consistência e dedicação das entidades educacionais da América Latina na resistência contra os retrocessos sociais pelos quais passa o continente.

“Não me recordo de ter visto antes a energia, foco, planos e solidariedade que vocês mostraram nesse encontro. Tentamos replicar eventos dessa forma na IE mundial, mas vocês são muito mais unidos, não só pela cultura e idioma, mas pela ação da vida cotidiana; vocês não separam a liderança sindical e o trabalho em sala de aula. E essa consistência se sente”, disse, reforçando que “o Banco Mundial tem medo do que estamos fazendo porque temos propostas libertadoras e emancipadoras de uma educação pública para todos e todas, ou seja, o oposto do que eles propõem”, afirmou.

O presidente da IEAL, Hugo Yaski, encerrou o ato que também se transformou numa demonstração da solidariedade do povo latino-americano ao presidente Lula, solto após 580 dias de prisão em Curitiba. Hugo defendeu a construção de uma potente unidade popular liderada pelos setores da Educação, que seja capaz de aglutinar forças e ser um
instrumento para ganhar eleições, como o que ocorreu na Argentina. Hugo também é presidente da Confederação dos Trabalhadores da Argentina (CTA) e foi eleito deputado no último pleito.

“Na Argentina, construímos uma maioria com muitos companheiros de caminho e de destino. Temos que construir grandes espaços de unidade e olhá-los de frente, sem medo, porque vamos derrotá-los”, disse, reforçando que as entidades precisam superar as contradições que a unidade implica. “Essa é nossa tarefa: construir a maior unidade dos movimentos populares. E o movimento sindical docente está no centro da luta popular. Ganhamos a eleição na Argentina porque houve luta”, disse. “Posso dizer que agora que Lula está livre estamos felizes e esperançosos, temos que caminhar muitas milhas ainda, mas faremos isso juntos”, concluiu enfatizando o processo de resistência do povo brasileiro e a luta pela democracia.


Foto: Joka Madruga

Sem fronteiras
O ato terminou com uma mística entre os participantes entoando músicas do cancioneiro latino-americano. Mesmo reunindo companheiros e companheiras de diferentes partes do mundo, com culturas e idiomas diversos, foram momentos em que a utopia da Pátria Grande tomou conta do plenário e renovou as energias para as próximas lutas que serão travadas nas ruas de toda a América Latina.

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Foto: Joka Madruga

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Foto: Joka Madruga


Foto: Joka Madruga

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Foto: Jordana Mercado


Foto: Jordana Mercado

Texto: Jordana Mercado com informações do Proifes