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Desligamentos por morte no emprego celetista crescem 106,7% na educação

Aumento ocorreu entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021, segundo estudo do Dieese

Publicado: 20 Maio, 2021 - 22h19

Escrito por: CNTE

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Entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021, os desligamentos dos empregos celetistas por morte no Brasil cresceram 71,6%, passando de 13,2 mil para 22,6 mil. É o que aponta o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no boletim emprego em pauta número 18 do do mês de maio. Segundo o estudo, nas atividades de atenção à saúde humana, o aumento foi de 75,9%, saindo de 498 para 876. Entre enfermeiros e médicos, a ampliação chegou a 116,0% e 204,0%, respectivamente. Os dados foram extraídos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.

2021 05 20 emprego em pauta2021 05 20 emprego em pautaEntre todas as atividades econômicas, as que apresentaram maior crescimento no número de desligamentos por morte estão: educação, com 106,7%, transporte, armazenagem e correio, com 95,2%, atividades administrativas e serviços complementares, com 78,7% e, saúde humana e serviços sociais (agregado), com 71,7%.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, essse levantamento é muito preocupante e mostra o impacto da COVID-19 sobre a categoria da educação. "Este estudo deve fortalecer a campanha da CNTE e suas entidades filiadas em defesa do retorno seguro às atividades presenciais: "Essencial é a vida" e "Vacina para todos já". Também deve impulsionar a nossa mobilização para os dias 26 e 29 de maio, nas ações da Campanha "Vacina no braço! Comida no Prato!", que defende vacina para todas as pessoas, auxílio emergencial de R$ 600,00 e o Fora Bolsonaro!”, ressalta Heleno.

Na avaliação do diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, esses números mostram que a pandemia tem atingido diretamente a classe trabalhadora, principalmente nos setores considerados essenciais. Além disso, Fausto atribui o aumento desse número de mortes à falta de políticas públicas no combate à pandemia e apontam, também, a negligência no setor privado, que falha em garantir equipamentos de proteção individual (EPIs) e em implementar medidas de distanciamento nos locais de trabalho.

Mobilizações

A CNTE vai participar dos atos nacionais em defesa do auxílio emergencial de R$ 600, contra a fome e a carestia, que estão marcados para os dias 26 e 29 de maio. O ato do dia 26 vai marcar também a entrega da Agenda Legislativa das Centrais Sindicais, que traz o posicionamento (e propostas) referentes a 23 projetos que tramitam na Câmara dos Deputados e no Senado e afetam diretamente a classe trabalhadora. O documento será entregue a lideranças do Parlamento e aos presidentes das duas Casas Legislativas, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado.

No sábado (29) será dia de mobilização por Fora Bolsonaro em todo o Brasil. O presidente da república é o principal responsável pela extensão e agravamento da pandemia e pela explosão do desemprego e da fome. Estaremos mobilizados em todo o Brasil também por um auxílio emergencial de no mínimo 600 reais, vacinação para toda a população e contra a Reforma Administrativa, as privatizaçõesos e os cortes na educação. 

(Com informações do Dieese, CUT Brasil e Rede Brasil Atual)