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CNTE marca presença na criação do Portal do Bicentenário

Subtítulo: Iniciativa dará acesso livre e gratuito a conteúdos variados destinados à educação básica e a discussões sobre a independência do país

Publicado: 08 Setembro, 2021 - 12h54

Escrito por: CNTE

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Para marcar os 200 anos da Independência do Brasil, que serão completados em 2022, professores, pesquisadores, movimentos sociais e entidades criaram o Portal do Bicentenário, lançado no último fim de semana (6 e 7 de setembro). A iniciativa une 61 entidades e grupos de pesquisa, entre elas a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

O portal dará acesso livre e gratuito a conteúdos variados destinados à educação básica e a discussões sobre a independência do país que extrapolem os livros escolares. Professores e estudantes vão encontrar lá sequências didáticas, relatos de práticas, material acadêmico, dissertações, livros e vídeos. O site foi desenhado para garantir acessibilidade e inclusão no acesso ao conteúdo.

>> ACESSE AQUI O PORTAL DO BICENTENÁRIO

De acordo com os organizadores, o objetivo é estimular pensamento crítico sobre o período em que o país deixou de ser colônia portuguesa, incluindo os diversos movimentos locais que contribuíram na construção da nação ao longo de dois séculos – e, com base nisso, instigar o debate sobre o país que deve ser construído.

De acordo com presidente da CNTE, Heleno Araújo, a busca por independência e por uma república com direitos se faz necessária num contexto com atuações de governos e políticos que não conseguiram garantir até hoje o atendimento à demanda social da educação para o povo brasileiro.

"A nossa luta nos levou a consolidar, em 2010, a Conferência Nacional de Educação, que contou com a participação social na elaboração das políticas educacionais", afirma. Na ocasião, foram mais de 4 milhões de pessoas que participaram do evento e que ajudaram a construir o Plano Nacional de Educação 2014-2024, que tratava da inclusão, da garantia do direito à educação para todas as pessoas até 2016, de políticas de valorização dos profissionais da educação e de acesso à educação superior. “No entanto, mais uma vez, fomos atacados por medidas que alteraram a Constituição Federal e, com isso, o Plano Nacional de Educação não conseguiu sair do papel", lamenta.

Heleno ainda destaca a situação atual que o Brasil vive. "Estamos vivenciando a entrega das escolas públicas às organizações sociais privadas, a militares aposentados com programa cívico-militar e presenciando, também, a própria negação da escola - pública e privada - quando se tem um presidente e um ministro da educação que defendem a educação domiciliar - o homeschooling. Estamos vivendo o pior momento desde a nossa tão sonhada e desejada independência", conclui.

O Portal do Bicentenário tem como marcas a inter e a transdisciplinaridade de conteúdos e ações que promovem o diálogo entre saberes e práticas de professores e professoras, de estudantes da educação básica e do ensino superior, de povos tradicionais, de movimentos sociais e coletivos democráticos espalhados pelo país.

* Com informações da UFMG