Votação da PEC 32 é adiada na Câmara
Mobilização contra o desmonte do serviço público continua
Publicado: 16 Setembro, 2021 - 15h17
Escrito por: CNTE

Foto: Deva Garcia
A votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32 - mais conhecida com PEC da Reforma Administrativa -, que ocorreria nesta quinta-feira (16), foi adiada para terça-feira que vem (21). As campanhas contra a PEC convocam servidores e servidoras a aumentar a pressão junto aos parlamentares para que a proposta seja enterrada de vez.
O adiamento é fruto das mobilizações de entidades e servidores e servidoras em todo o país, e devem ser intensificadas ainda mais nas redes sociais nos próximos dias, quando o governo tentará votar a proposta de Bolsonaro para o desmonte dos serviços públicos no Brasil.
Há parlamentares, inclusive, que dizem buscar a opinião nas redes sociais para supostamente definir seu voto. É o que fez o deputado federal André Janones (Avante-MG), que acaba de assumir a titularidade de vaga na comissão especial e pergunta como deve votar. Veja o post aqui.
Nesta sexta-feira (17), o relator, deputado Arthur Maia (DEM-BA), apresentará um novo texto. A oposição diz estar preparada para apresentar destaques e emendas. De acordo com a deputada federal Alice Portugal (PCdoB - BA), hoje é um dia de vitória para a luta em defesa do serviço público. “Conseguimos adiar a votação da PEC 32 para terça que vem. Teremos mais tempo para mobilizar e pressionar os deputados para votarem contra essa proposta nefasta, que desmonta o Estado brasileiro”, afirmou.
Servidores se reuniram pela manhã, por volta das 9h, em frente à entrada da Câmara que fica no Anexo II. Parte dos manifestantes conseguiu entrar na casa legislativa, embora os acessos à sala da comissão estejam bloqueados.
A campanha contra a PEC 32 trabalha com a mobilização nas ruas e nas redes sociais. Entidades como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) vêm solicitando que todos que lutam por um serviço público de qualidade, pelo fim das privatizações e da corrupção estejam engajados, pressionando parlamentares.