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Apoio à legítima greve dos trabalhadores em educação do estado de Minas Gerais

Em greve desde o último dia 11 de fevereiro, professores/as e funcionários/as de escola do Estado de Minas Gerais decidiram deflagrar um movimento paredista por tempo indeterminado.

Publicado: 17 Fevereiro, 2020 - 17h04

Escrito por: CNTE

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A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, entidade nacional representativa dos profissionais da educação básica do setor público brasileiro, vem por meio desta se solidarizar de forma incondicional com o movimento grevista dos/as educadores/as mineiros/as, bem como ao Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais, Sind-UTE/MG.

Em greve desde o último dia 11 de fevereiro, professores/as e funcionários/as de escola do Estado de Minas Gerais decidiram deflagrar um movimento paredista por tempo indeterminado diante das negativas recorrentes do atual governo de Romeu Zema em abrir um canal de negociação com os servidores públicos estaduais da área de educação. Não restou alternativa aos/às trabalhadores/as em educação do Estado se não a greve.

A legítima greve dos/as educadores/as mineiros/as é justa em sua pauta de reivindicação: a luta é pelo pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional, em defesa ado emprego e pelo direito a uma educação pública de qualidade social para todos/as. O governador que sempre se esmerou em se apresentar como o “novo” na política, insiste em adotar as velhas práticas de não ouvir os/as trabalhadores/as. Certamente, os ricos e poderosos contam com um canal de interlocução permanente em seu governo.

Não é aceitável que qualquer gestor público privilegie uma área ou setor do Estado em detrimento de outras áreas tão ou mais importantes. Ao enviar um projeto de lei à Assembleia Legislativa do Estado concedendo reajuste salarial somente aos servidores públicos da segurança, não era mesmo de se esperar outra ação do combativo Sind-UTE/MG que não a defesa dos interesses de seus representados. A justeza da concessão de reajuste aos servidores da segurança pública do Estado não deve se sobrepor às demandas também justas dos/as trabalhadores/as em educação. A parcialidade do governo Zema deve, sim, ser denunciada a toda sociedade e não pode nunca se prestar a dividir o movimento geral do funcionalismo público estadual.

A vigília permanente na Assembleia Legislativa que se inicia no dia de hoje, aprovada pelos/as educadores/as no âmbito do calendário de lutas do movimento de greve, servirá como importante fator de mobilização que, é certo, continuará com o Carnaval da Educação. Só a luta organizada e forte nas ruas pode impor alguma inflexão no desejo explícito deste governo em desqualificar o movimento grevista. Os/as educadores/as de todo o país se somam à luta do bravo povo mineiro! Toda nossa solidariedade e apoio aos/às profissionais da educação do Estado de Minas Gerais e ao Sind-UTE/MG!

Brasília, 17 de fevereiro de 2020

Direção Executiva da CNTE