Avaliação formativa: 22 professores são certificados pela CNTE, IE e UFMG
O projeto é realizado pela Internacional da Educação (IE) em sete países: Brasil, Coreia do Sul, Costa do Marfim, Gana, Malásia, Uruguai e Suíça, para entender e investigar os processos de avaliação da aprendizagem de estudantes das escolas públicas
Publicado: 27 Março, 2024 - 09h20
Escrito por: CNTE
A convite da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), 22 professores/as participaram, nesta segunda (25) e terça-feira (26), do 2o Seminário “Círculos de Aprendizagem Conduzidos pelo Professor para a Avaliação Formativa”, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Eles/as receberam certificados de conclusão do curso de construção de novas práticas de avaliação de desempenho da aprendizagem, desenvolvido ao longo de 2023.
O evento contou com a participação do presidente da CNTE, Heleno Araújo, da vice-presidente, Marlei Fernandes, da secretária geral, Fátima Silva, e da secretária de Assuntos Educacionais, Guelda Andrade, além de representantes da Internacional da Educação (IE), do Grupo de Estudos sobre Política Educacional e Trabalho Docente (Gestrado/UFMG) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).
Realizado em parceria com a Internacional da Educação (IE) e o grupo de Estudos sobre Política Educacional e Trabalho Docente- GESTRADO/UFMG, com apoio da CNTE no Brasil, o projeto desenvolve um experimento com professores/as sobre avaliação formativa, no sentido de contrapor as avaliações em larga escala que profissionais são submetidos e desconstruir o sentido da avaliação como uma forma de punir as pessoas.
“Assim como foi feito ao longo de 2023, a proposta é fazer um experimento sobre a avaliação formativa, em que o/a professor/a desenvolveu um novo olhar para sua prática em sala de aula, dialoga com os/as estudantes, e percebe o seu crescimento no processo de aprendizagem”, explica a secretária de Assuntos Educacionais da CNTE, Guelda Andrade.
Segundo ela, por meio dessa avaliação formativa, o profissional é capaz de fazer uma prática avaliativa mais humana com os alunos, além de despertar o seu protagonismo dentro da sala de aula e da escola onde atua, quando compartilha a implantação dessa avaliação com outros/as professores/as e obtém um feedback sobre sua atuação nesse espaço.
“Se torna uma prática que possui como premissa observação, estudo e trocas, onde o/a profissional exercita o ato de ensinar de forma individual e coletivo, pois isso é algo feito com outros pares participando do processo de reflexão coletiva, por meio da observação das práticas pedagógicas, e também com os/as próprios/as estudantes, independentes da idade desses/as”, destaca Guelda.
“É possível, ainda, estabelecer um diálogo muito bom com as famílias e trazê-las como parceiras para acompanhar esse projeto desenvolvido e colher os frutos disso, que é a aprendizagem das crianças e termos uma educação com mais qualidade”, completa.
O projeto em prática
Considerando que a maioria dos/as professores participantes atuam nos anos iniciais da educação, com a alfabetização de criança, a aplicação do projeto da avaliação formativa se dá pela escrita e leitura dos seus estudantes.
“O/A professor/a consegue observar sua própria prática pedagógica e ir lapidando ela na medida em faz essa observação do trabalho, realiza a leitura do material teórico e recebe o direcionamento dos/as facilitadores/as que vão acompanhando de perto o que está sendo desenvolvido por eles/elas. Com isso, o/a professor/a percebe e entende que ele/ela é liderança, e se sente mais seguro/a para desenvolver suas práticas pedagógicas no espaço da escola”, aponta Guelda
Entre os assuntos pautados nos dois dias de evento, a programação contou com uma troca de experiências globais e de práticas lideradas pelos docentes; abordou sobre o protagonismo do docente na construção de novas práticas de avaliação; e os desafios da avaliação educacional em um país federativo, como a desigualdade e a diversidade.
O experimento é desenvolvido durante um ano e faz parte de um projeto elaborado pela Internacional da Educação em sete países: Brasil, Coreia do Sul, Costa do Marfim, Gana, Malásia, Uruguai e Suíça, para entender e investigar os processos de avaliação da aprendizagem de estudantes das escolas públicas.