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CNE faz análise das eleições municipais na terra de Belchior

Publicado: 31 Outubro, 2024 - 13h29 | Última modificação: 31 Outubro, 2024 - 14h20

Escrito por: Redação CNTE

Thainá Duete
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Na terra do cantor Belchior, a CNTE realizou sua última atividade coletiva de 2024. O encontro do Conselho Nacional de Entidades, realizado em Fortaleza, no Ceará, que aconteceu após o Seminário Internacional da Educação e reuniu representantes de entidades filiadas de todo o país.

“Tenho andado muito, caminhado por aí, e tenho muitos amigos que ainda acreditam que as coisas mudam”, o verso da canção imortalizada por Belchior abriu a fala da secretária Geral da CNTE Fátima Silva no encontro do Conselho Nacional de Entidades da CNTE. Ela enfatizou que as coisas mudam e tudo pode mudar e cada um de nós aqui é um pouco desse rapaz latino-americano, cada um de nós traz um pouco dessa história”.

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Fátima destacou que o Encontro aconteceu dentro do conjunto de reuniões do G20 Educacional que diferentemente das outras reuniões do Grupo “nessa nós estamos dentro porque o governo é do presidente Lula e que a Internacional da Educação está lá dentro dos debates, conquista nossa”.

Nesse contexto de reunião do fórum de cooperação econômica internacional que reúne 19 países e a União Europeia aqui no Brasil e, no cenário doméstico, o pós-eleições municipais, seus resultados e lições. Um pleito que, destacou Heleno Araújo, presidente da CNTE “na Câmara das Deputadas, dos 513 parlamentares, apenas 11 se colocam como professores e professoras que, de fato, passaram na sala de aula”.

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Diante dessa realidade, Antônio Augusto Queiroz (Toninho), mestre em políticas públicas e governo, em palestra sobre as eleições municipais e o contexto político brasileiro, abordou como as mudanças tecnológicas e climáticas e o ambiente polarizado afetam as decisões e estruturas eleitorais. "Vivemos um mundo caótico, confuso e conflagrado" onde "opiniões se formam sem controle ou mediação", disse. A presença de tecnologias como a inteligência artificial amplificam o impacto da desinformação, facilitando a manipulação de "seitas fundamentalistas no campo político, ideológico e antidemocrático", destacou.

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No contexto eleitoral, segundo Toninho, forças de centro e direita dominam o cenário devido ao uso estratégico dos fundos partidários e eleitorais. "Quando os partidos de direita têm 70% do parlamento, automaticamente controlam esses recursos", explicou, acrescentando que esse dinheiro beneficia candidatos e partidos no exercício do mandato, onde o índice de reeleição foi de 80%.

Outro dado apontado foi o crescimento da representatividade feminina e indígena nas câmaras e prefeituras: de 12% para 13% nas prefeituras e de 16% para 18% entre vereadores.

Na sua avaliação, a influência econômica no processo eleitoral fortaleceu partidos de centro, como PSD e MDB, e de direita, incluindo PL e Republicanos. Toninho concluiu que o rumo político dependerá de alianças estratégicas, pois, disse, não há hipótese de se vencer uma eleição presidencial sem o apoio de parceiros do centro. “O reflexo dessa eleição para a sucessão presidencial está em aberto, porque depende de para onde o centro vai”, concluiu.