CNTE participa do 5º Congresso Continental da CSA e reforça protagonismo sindical

O 5º Congresso da Confederação Sindical das Américas (CSA), realizado entre os dias 13 e 17 de maio de 2025 na República Dominicana, reuniu mais de 400 delegados sindicais das três Américas para aprovar um documento que guiará a ação sindical no continente pelos próximos quatro anos. O evento contou com a participação de Heleno Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), reforçando seu papel ativo nas lutas sindicais internacionais.

O documento aprovado destacou a interligação entre democracia, trabalho decente e liberdade sindical. Heleno Araújo reforçou que a democracia só se sustenta com direitos trabalhistas garantidos e com a autodeterminação dos povos.

Foram debatidas 20 propostas (16 moções e 4 emendas), com destaque para:

>> Solidariedade aos trabalhadores do Haiti e repúdio ao genocídio em Gaza, e a defesa da autodeterminação do Estado Palestino.

>> Oposição às guerras, que afetam principalmente a classe trabalhadora.

>> Crise climática e transição justa, com foco na COP-30 (a ser realizada em Belém), exigindo que a transição energética priorize os trabalhadores e o meio ambiente.

>> COP-30 e Amazônia: a escolha de Belém do Pará como sede do evento foi destacada como uma oportunidade para vincular a justiça climática aos direitos dos trabalhadores da região amazônica. "Nesse espaço vivem pessoas, vivem trabalhadores e trabalhadoras ", afirmou Rosane Bertotti, secretária nacional de formação da CUT e presidente do Comitê de Resoluções do Congresso.

A nova direção do CSA também foi definida, com Rafael Freire (CUT) reeleito como Secretário-Geral da entidade.

Ações futuras

O Congresso foi considerado um marco para o sindicalismo das Américas; o desafio agora é transformar as moções em ações concretas, como o fortalecimento da organização sindical e o enfrentamento à precarização do trabalho.

Heleno Araújo, além de representar a CNTE, integra a Internacional da Educação (IE) como vice-presidente para a América Latina, ampliando sua atuação em pautas globais como educação pública e direitos trabalhistas.

O Congresso consolidou um plano de lutas para os próximos anos, com ênfase em democracia, justiça e direitos sindicais. A CNTE segue firme na defesa dos trabalhadores da educação e na articulação internacional, reforçando o compromisso com uma sociedade mais justa e igualitária.

Com informações da CUT