Coletivo debate políticas que assegurem a saúde dos trabalhadores em educação
Reunião abordou questões como saúde mental dos profissionais e a importância de Cipas - Comissões Internas de Prevenção de Acidentes, Doenças e Assédios em cada unidade escolar da rede pública
Publicado: 06 Dezembro, 2024 - 15h33 | Última modificação: 06 Dezembro, 2024 - 15h35
Escrito por: Redação CNTE
Saúde mental e o papel das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e de Assédio (Cipa) foram alguns destaques debatidos na Reunião do Coletivo Nacional de Saúde dos/as Trabalhadores/as em Educação da CNTE.
No dia 3 de dezembro, dirigentes de sindicatos filiados à confederação de todas as regiões do país estiveram reunidos em São Paulo para discutir e articular estratégias voltadas para a garantia da saúde dos profissionais da educação das redes públicas do país.
"Foi um dia de intensos debates", disse a Secretária de Saúde dos(as) Trabalhadores(as) em Educação da CNTE, Francisca Seixas. "Acompanhamos a análise da secretária de Finanças da CNTE, Rosilene Corrêa, sobre a conjuntura nacional da educação no país e o Plano Nacional de Educação (PNE), e do ex-deputado estadual de São Paulo Nivaldo Santana (PCdoB), sobre o que vem acontecendo na política internacional atualmente", compartilhou.
Uma das mesas da reunião dedicou-se a explicar o papel e a necessidade das Cipas, comissões criadas com o objetivo de prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho.
De composição paritária (mesma quantidade de membros) entre representantes do empregador e dos trabalhadores empregados, a organização tem por finalidade elaborar mapas de risco, avaliar metas de segurança, realizar inspeções no ambiente de trabalho, zelar pelo cumprimento de normas de segurança do Ministério do Trabalho, entre outras atividades.
"É uma necessidade a constituição de Cipas em todas as unidades escolares do Brasil", avaliou Francisca.
A saúde mental dos trabalhadores em educação também foi enfatizada nas mesas de debates. Segundo a dirigente da CNTE, esse tem sido um tema "bastante pertinente nesse momento histórico e que nossa categoria atravessa, dada as mudanças no mundo do trabalho, com o aumento do assédio moral e fatores como a privatização e precarização do trabalho", considerou.
As representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Josivânia Souza, e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Elgiane Lago, estiveram presentes na reunião do coletivo e apresentaram o trabalho que tem sido desempenhado por suas secretarias de Saúde dos Trabalhadores. Elas também enfatizaram a importância da mobilização e participação coletiva dos trabalhadores nas etapas estaduais, municipais, regionais e nacional da 5ª Conferência Nacional de Saúde dos Trabalhadores, que acontece entre abril e agosto de 2025.