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Debates da 3ª Plenária Intercongressual reforçam unidade na luta

Publicado: 06 Dezembro, 2019 - 23h29

Escrito por: CNTE

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No período da tarde, os companheiros José Carlos Bueno do Prado, o Zezinho, e Luiz Carlos Paixão, Secretário de Funcionários da Educação e membro da Secretaria Executiva da CNTE, respectivamente, conduziram o painel “Representação, Estrutura e Financiamento Sindical”. Na oportunidade, as forças políticas que integram a base da entidade colocaram suas perspectivas para as lutas.

O representante da Causa Operária, Antônio Carlos, parabenizou a entidade e lembrou que a Confederação e seus Sindicatos tiveram um grande papel contra o golpe quando se manifestaram através de greves da educação em diversos locais do país, demonstrando a resistência. “Mas ainda temos muito pelo que lutar, não tem nada garantido no Brasil, Lula não está livre de fato. Precisamos estar nas ruas, em todos os locais. Hoje, nós brasileiros estamos diante de uma disputa imperialista”.

Para Mateus Ferreira, que falou pela Intersindical, compreender o mundo do trabalho é dever de todos os sindicalistas. “Assim como entender os medos dos trabalhadores de perder emprego, salários e direitos históricos, conquistados com uma luta árdua, esse é um grande desafio. Precisamos nos preparar porque enquanto isso a direita se organiza e faz um trabalho de ataques”, frisou.

Nelson Von Grafen, da corrente O Trabalho, considera que nossas organizações são fundamentais para o combate ao neoliberalismo. “Temos que colocar gente na rua para denunciar que não houve crime e que o judiciário é cúmplice disso. Assim, não podemos aceitar nenhuma retirada de direitos, nem alianças. Não existe democracia sem direitos, sem organização e sem Lula Livre”, defendeu.

Luiz Carlos Vieira, Secretário de Imprensa e Divulgação da CNTE, falou pelo MS (Movimento Socialista). Lembrou que sempre defendemos o direito individual e coletivo da classe trabalhadora, que somos responsáveis pela organização dos Trabalhadores em geral e, principalmente, da categoria do magistério. Ele pediu que a categoria reflita sobre a importância da comunicação, sobre a mensagem e os meios que utilizaremos para dialogar com as bases e com a sociedade. “Nosso desafio é sair dos discursos para a luta”, provocou.

Roberto Santos da AE (Articulação de Esquerda), considera que os rumos ainda não estão claros. “Vamos nos organizar além da educação. Os pais e mães dos nossos estudantes são trabalhadores. Como vamos organizar esses trabalhadores? É preciso ampliar a sindicalização com pautas específicas, principalmente para aqueles trabalhadores que sofrem com a terceirização. Estamos lançando o desafio para que os sindicatos avancem para além da pauta salarial”, disse.

Rogério Nunes, falando pela corrente Sindical Classista da CTB, alertou que o governo atual já demonstrou que não tem nenhum interesse em manter direitos da classe trabalhadora. “É defensor do capital e nós defendemos o consenso e a unicidade sindical. É preciso fortalecer as propostas da plenária no sentido de organizar uma resistência para seguir em frente na luta”, manifestou.

Marlei Fernandes, Vice-Presidenta da CNTE, representando a CSD (CUT Socialista e Democrática), reforçou a importância da paridade entre homens e mulheres nos sindicatos e nas representações. Falou sobre o adoecimento do magistério que é um tema que também precisa ser pautado nas lutas sindicais, além de um olhar sobre as formas de contratação e sobre como abrir as portas para todos os segmentos da nossa categoria. “Além de tudo isso, temos que nos pautar pela unidade de maneira prática, unificando todas as mobilizações, greves e as datas-base no país”, finalizou.

O companheiro João Felício, Coordenador Nacional da Articulação Sindical, foi enfático ao dizer que a sociedade só é democrática se defender a coletividade. “A marca do sindicalismo brasileiro é a luta. Precisamos lutar pela democracia e pelas transformações no Brasil. Nós não lutamos apenas por reivindicações salariais”, lembrou.
De acordo com Felício, os retrocessos vividos pelo país nos últimos anos, principalmente após a reforma trabalhista, exigem que lutemos pela democracia e a unidade entre os trabalhadores. “Nossa luta não é sozinha. O sindicato é a luta coletiva, onde garantimos direitos e conquistas”. Ele também chamou à reflexão sobre as contradições entre o discurso e a prática sindical, alertou para que não haja incoerência entre a concepção que o movimento defende e a realidade nos Sindicatos. “Interesse sindical é diferente de interesse parlamentar. Sindicalismo não é palavra de ordem. O Sindicato é de todos e não somente dos trabalhadores da economia formal”, conclui.

Foto: Joka Madruga | Texto: Jordana Mercado