Educadores de todo Brasil repudiam intimidação a docentes no Cabo de Santo Agostinho
Educadores de todo o Brasil repudiam a tentativa de intimidação feita contra osprofessores do Cabo de Santo Agostinho
Publicado: 24 Junho, 2025 - 12h12 | Última modificação: 24 Junho, 2025 - 12h32
Escrito por: CNTE | Editado por: CNTE

Em greve desde o último dia 09 de junho, os professores e as professoras do Cabo de Santo Agostinho lutam pela valorização de sua carreira e pela educação do município pernambucano. A valorização profissional da categoria passa pelo pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional que cabe aos/às profissionais do magistério de todo o país, instituído pela Lei Federal nº 11.738, de 2008. O índice de reajuste para o ano de 2025 foi indicado no percentual de 6,27%, mas a Prefeitura comandada por Lula Cabral (Solidariedade) insiste no valor irrisório de 3,5%, mesmo as condições financeiras das contas do município permitindo pagar o valor correto.
A intransigência da gestão municipal, que se nega a sentar-se para negociar com o SINPC, sindicato dos/as profissionais do magistério da cidade pernambucana, só não foi pior do que a conduta do secretário municipal de educação da cidade. Em uma clara tentativa de intimidação, Isaltino Nascimento enviou um ofício circular às escolas do município pedindo aos gestores escolares os nomes dos/as professores/as em greve. Trata-se claramente de um ato e conduta antissindicais e pode, sem dúvida alguma, ser feito uma denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e, no limite, também encaminhá-la ao Comitê de Liberdade Sindical da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A intimidação aos/às professores/as feita pela gestão municipal do Cabo não arrefecerá a luta daqueles que sabem estar reivindicando o justo e o legítimo. Esse tipo de postura vinda de gestores públicos já seria gravíssima por si só, mas ganha contornos trágicos quando identificamos que a sua origem parte de gente oriunda do movimento sindical de trabalhadores/as que, hoje do lado do balcão da gestão pública, não honra seu passado e história.
Os/as educadores/as de todo o Brasil estão atentos aos desdobramentos do movimento grevista dos/as professores/as do Cabo de Santo Agostinho e, solidários/as à luta empreendida pelo SINPC e pelo conjunto da categoria, sabem que a unidade e a força da luta e mobilização da categoria atingirão seus objetivos.
Brasília, 24 de junho de 2025
Direção Executiva da CNTE